PAPUDISKINA - DEMISSÃO DE SERVIDORES E OUTROS TEMAS

Eleições no SINSEMUC
No próximo dia 15 de dezembro haverá eleições para a escolha da nova diretoria do Sindicato dos Servidores Municipais de Cacoal (SINSEMUC). Uma das chapas, denominada União dos Servidores Municipais, já está se mobilizando para conquistar o apoio dos seus pares. A chapa tem como candidato a presidente o servidor público Jeferson Simpsom Machado de Matos. Dentre as várias propostas, Jeferson afirma que irá cobrar reposição salarial e propor greve geral se não for atendido; vai rediscutir a Lei 1084/PMC/2000, que dispõe sobre o plano de Cargo, Carreira e Salários. Jeferson afirma ainda que vai cobrar a implantação efetiva da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), vai cobrar um plano municipal de saúde, quer ampliar convênios com instituições de ensino e de qualificação profissional, vai buscar parcerias com o Comércio em geral, indústrias e clubes de lazer, além de manter um diálogo permanente com os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Ele também se compromete a manter transparência de todos os atos do SINSEMUC, divulgando-os em jornais, blogs na internet, além de outros meios de comunicação. “Publicaremos informes permanentes e os filiados estarão por dentro de todas as nossas ações, além de terem acesso para nos enviarem sugestões e participarem diretamente através de uma administração que compartilharemos com todos, de forma clara e transparente”, afirmou.
Quem quiser acompanhar mais informações sobre a Chapa União dos Servidores Municipais podem entrar em nossa página na internet http://sinsemuc.blogspot.com

Demissões na Prefeitura
Neste final de mandato a prefeitura decidiu demitir vários servidores comissionados, o que é normal. O que não é muito elegante é a forma como um certo senhor, cujo nome, profissão e partido ao qual está filiado não vou revelar, ir a setores da administração pública só para ironizar quem estava prestes a ser exonerado, com tiradas do tipo: “o que você ainda está fazendo aqui? Você ainda não foi demitido?
Não sei com quantas pessoas ele fez isto, mas sei que no dia 04 eu cheguei para trabalhar no meu setor, a Assessoria de Imprensa, e por um momento tive de ir até o IPTU para pagar uma taxa pública. Na fila, ao lado de um monte de gente, fui constrangido por esse senhor (que tem curso superior, diga-se de passagem). Até então eu não sabia que meu nome estava entre os que também seriam exonerados. Mas eu sabia que havia, sim, rumores de que uma boa leva de pessoas seriam demitidas ou em novembro, ou em dezembro. Até aí tudo bem, mas é chato a gente estar em uma fila e ser surpreendido por alguém que, em tom de deboche, resolve, sem qualquer explicação, humilhar o próximo.
A vontade que tenho é de revelar o nome, profissão e partido ao qual este senhor está filiado (só tenho de esclarecer de que não é da coligação que elegeu o padre Francesco Vialetto). Mas não vou revelar. Se fizesse isso, eu estaria expondo-o à ignomínia, pois o povo de Cacoal sabe que sou um trabalhador da imprensa, há 25 anos em Cacoal, e não vim de pára-quedas para esta cidade. Como não é minha intenção pagar o mal com o mal, vou poupá-lo e com isso torço que ele seja menos afoito em suas manifestações futuras. Eu sou do bem!

Os comissionados são sempre os culpados
Agora que passaram as eleições, meu voto de desagravo àqueles que, em campanha eleitoral, costumavam colocar todos os portariados em um mesmo nível, não sabendo distinguir apropriadamente uma função de outra. Também não atentavam para o fato de que apenas uns 20 ou 30 portariados realmente recebem um salário polpudo e que a maioria recebe apenas um pequeno complemento em seus vencimentos ao final do mês. Mas eu entendo. Durante a campanha, os concorrentes não resistem à tentação de atacar os portariados de um modo geral por, supostamente, acharem que pelo vínculo que têm, todos votam no candidato oficial. Como não têm esperanças de que vão obter votos nesse contingente, acabam supondo que criticá-los representa uma boa estratégia. Claro que há casos em várias cidades do país em que realmente as críticas a certos servidores portariados fazem sentido já que alguns recebem e sequer são visto nos postos onde deveriam estar lotados.

Portariados não trabalham
Outro mito que é disseminado na cidade é o de que portariados não trabalham e são todos parasitas. Embora hajam alguns fantasminhas perdidos por aí em várias cidades do país, não devemos generalizar. Outra coisa que as pessoas precisam perceber é que existem funções burocráticas, intelectuais, etc, que, à vista do senso comum, infelizmente, não são consideradas como trabalho. Um servidor administrativo lida o dia todo com papéis; o jornalista apenas escreve; advogados elaboram pareceres, montam processos, recursos, etc. Mas todas essas funções não devem ser descaracterizadas como trabalho só porque não dependa de uma grande quantidade de esforço manual.
Estou dizendo isto para mostrar que em parte a revolta de alguns contra os portariados até pode fazer sentido, mas não se pode colocar todos os servidores não concursados como sendo um bando de desocupados. Eu sei que a forma de assalariar os trabalhadores, no Brasil e no Mundo, é injusta, mas não há como mudarmos esse sistema apenas usando mensagens rancorosas. Todos nós, cidadãos, temos de nos unir para que aqueles que arriscam suas vidas como policiais, bombeiros ou ocupam funções vitais como enfermeiros, professores e tantas outras profissões valorosas não continuem recebendo apenas uma fração do que recebe um secretário de Estado, um juiz de direito, um promotor de justiça, etc.
Em síntese, minhas considerações a respeito desse assunto são de que não podemos crucificar a todos os portariados, pois, em muitos casos, a maioria deles recebe remunerações mais ou menos idêntica ao que recebe um trabalhador efetivo. Além disso, some-se a isso a insegurança e angústia que enfrentam ao serem exonerados e muitos só ficam sabendo que foram demitidos no momento em que vão ao banco para receber os vencimentos.
Eu conheço servidores nessa situação que, mesmo trabalhando o mês inteiro em seu departamento (inclusive assinando livro de ponto), só percebeu que havia sido exonerado no momento de receber o pagamento, 30 dias após.
Cabe ao chefe do poder executivo o direito de nomear e exonerar servidores sem aviso prévio, o que, ao meu ver, é uma injustiça sem tamanho. Não estou dizendo que é o caso de Cacoal, mas eu já vi casos de pessoas que foram demitidas em dezembro, de surpresa, e enquanto todo mundo alegremente se preparava para as festas de fim de ano, essas pessoas choravam copiosamente diante da incerteza quanto ao futuro.

McCain x Obama
Enquanto o Obama dizia para seus eleitores nos Estados Unidos “Yes, We Can” (Sim, nós podemos), dando sinal de que confiava no discernimento do povo para compartilhar com ele o futuro da nação, o senador John McCain demonstrava debilidade até na hora de pedir votos e praticamente implorava nos comícios: “fight with me” (lutem comigo). Mas, perdoem-me o trocadilho, eu acho que o povo entendeu errado e em vez de fight (lutar), resolveu “fuck him”...
Bom, eu não vou ser deselegante em traduzir “fuck”, mas, em um sentido mais ameno, a palavra também significa “lascar, danar”. Então, “fuck him” pode significar “lascá-lo” em vez do sentido literal do verbo “to fuck”.

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Clarim da Amazônia