Sítios arqueológicos de Presidente Médici são indicados pelo IPHAN para reconhecimento como Patrimônio Mundial da UNESCO

O patrimônio arqueológico de Presidente Médici, região central de Rondônia, foi aceito na Lista Indicativa Brasileira de bens culturais passíveis de serem reconhecidos como Patrimônio Mundial da UNESCO.

Recentemente, o IPHAN em parceria com a Prefeitura inaugurou um Centro de Arqueologia na cidade para receber os achados arqueológicos da região.
Para Beto Bertagna, o Superintendente Regional do IPHAN em Rondônia e Acre, “a região de Presidente Médici tem uma grande beleza cênica e uma alta densidade de sítios arqueológicos habitação lito-cerâmicos e de grafismos rupestres bastante diversificados advindos de contatos inter-étnicos.”

“- A região foi densamente ocupada e possivelmente utilizada como refúgio e trânsito entre diferentes ambientes, o que permite teorias que a apontam como o centro de dispersão dos povos tupi que itineravam por todo o país” – concluiu Bertagna.
Em 1972, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO estabeleceu a Convenção do Patrimônio Mundial para incentivar a preservação de bens culturais e naturais considerados significativos para a humanidade.
Essa Convenção enseja que estes bens tenham um valor universal e um interesse excepcional que justifique que toda a humanidade se empenhe em sua preservação, enquanto testemunhos únicos da diversidade da criação humana.

Sua construção e implementação resultam de um esforço internacional na valorização de bens, que por sua importância para a referência e identidade das nações, possam ser considerados patrimônio de todos os povos.

As informações sobre cada candidatura são avaliadas por organismos técnicos consultivos, segundo a natureza do bem em questão, e a aprovação final é feita anualmente pelo Comitê do Patrimônio Mundial, integrado por representantes de 21 países, entre eles o Brasil

O Presidente do IPHAN, Luiz Fernando de Almeida é o representante legal com direito a voz e voto.

Segundo Bertagna, a indicação vem em boa hora, num momento em que o patrimônio arqueológico de Rondônia, pela sua expressão e valor, ganha importância para a comunidade científica e a população.

“- Muitos curiosos estão dando opiniões completamente equivocadas na mídia, como se fossem , de fato, arqueólogos. Nós do IPHAN estamos atentos, no sentido de cumprir a legislação, protegendo e divulgando o patrimônio cultural brasileiro” – concluiu.

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Clarim da Amazônia