Papudiskina

Esta semana tenho algumas notícias interessantes sobre as quais devo comentar, mas vou logo avisando que não serei tão “light” com aqueles que, em completa desobediência aos fundamentos da boa gestão pública, teimam em criar embaraços ao pleno desenvolvimento sócio e econômico de nossa cidade, nosso estado e o nosso país. Em primeiro lugar, meus parabéns ao senador Expedito Júnior, que apesar do mandato sub-judice, teve a feliz iniciativa de defender no Congresso Nacional a plena regulamentação do serviço de moto-taxi. Eu penso que está na hora de a nação ter menos burocracia e mais iniciativas que facilitem o empreendedorismo e garanta a sobrevivência daqueles que, colhidos por uma economia um tanto engessada, têm no emprego informal e no subemprego, uma alternativa de renda com a qual possam prover o sustento da família.

Os motoxistas sofrem algumas considerações desfavoráveis por parte de alguns legalistas, que dizem: “temos de prover o transporte coletivo; motos são veículos para transporte individual”. E daí? As pessoas que têm suas motos particulares não dão carona para o cônjuge, a namorada, o namorado, o filho ou a filha, o pai ou a mãe? Então, por que não permitirmos, e sem entraves burocráticos, que o serviço de mototaxi tenha uma regulamentação que favoreça realmente quem dependa desses serviços?

Agora é bom alertamos ao senador e aos demais políticos desta nação que façam uma regulamentação com contexto social, que beneficie realmente pessoas que precisem colocar sua moto para com ela ganhar o sustento da família. Digo isto porque é necessário coibir, desde já, que pessoas endinheiradas e gananciosas comprem várias motos e coloquem trabalhadores, em condições análogas à de escravos, dando a elas apenas uma pequena comissão.

Seria muito interessante que o poder público, sob o auge dessa administração socialista, pensasse em reservar nichos de mercados para que as famílias fora do mercado formal pudessem ter o seu sustento. Entre esses nichos de mercados, eu citaria os mototaxistas, os feirantes, os vendedores ambulantes, os artesãos.... Por que isso? Simples: do jeito que o capitalismo selvagem avança no mundo, se não houver a regulamentação firme do Estado em breve os trabalhadores dessas atividades que citei acima serão meros empregados de algum feliz “dono de capital”.

Lixo – tema em Cacoal
Recebi um release da prefeitura de Cacoal abordando o interesse das escolas públicas e particulares em debater o tema “Meio Ambiente” abertamente com o seu alunado. Eu sou um apaixonado pela defesa do meio ambiente, de ações reais, efetivas, e por isso mesmo feroz crítico de ações fantasiosas, que visam apenas o marketing, a evidência instantânea. Não quero desmerecer as ações das escolas de Cacoal, mas apenas fazer um alerta (alertar é diferente de criticar).

Está na hora de trocarmos os discursos, os os telões e teatros nas escolas, as matérias em jornais e blogs por ações continuadas. Fica aqui uma pergunta: cadê a coleta seletiva de lixo, que “teve início” no bairro do INCRA e se expandiria gradualmente por todo o município? Eu sei que o ex-secretário Jorge Murer é uma pessoa de fibra, apaixonado pelo meio ambiente e extremamente criativo. Mas ele deixou o cargo e posteriormente assumiu a Secretaria de Trânsito. Eu sou fã do trabalho do Jorge, mas vou ser sincero: o lugar dele é na Secretaria do Meio Ambiente. Não vejo ninguém melhor do que ele para essa pasta aqui em Cacoal.

Eu já vi projetos interessantíssimos morrerem sempre que há trocas de prefeitos por conta da vã filosofia de muitos seres humanos. Há muita gente que simplesmente acha que é preciso desconstruir o trabalho do antecessor para começar do zero os seus próprios projetos. Agora no caso de Cacoal, onde houve apenas a troca de secretário e a chefe do Poder Executivo continuou a mesma, eu realmente estou pasmado pelo abandono do Projeto Coleta Seletiva de Lixo. Estou igualmente inconformado, embora entenda que nesse caso houve ações do Ministério Público, pelo abandono do aterro sanitário.

Antes que pensem que estou tecendo críticas baratas e interpretem o texto acima como uma crítica à prefeita Sueli Aragão, a honrada Rainha Coração Valente, fica aqui meus esclarecimentos. Não se apressem em tirar conclusões. Eu sempre fui admirador da prefeita e considero sua administração como uma das melhores da história de Cacoal. Não é a ela que dirijo minhas críticas, mas ao sistema administrativo e nisso os secretários têm parte significativa . A prefeita é uma só, mas os secretários são muitos. Eles deveriam ser mais solidários uns com os outros, fazerem reuniões, debaterem idéias e deveriam pôr a mão à massa em projetos realmente duradouros. Chega desse individualismo barato e inconseqüente de cada um querer aparecer mais, a ponto de inclusive abortar projetos bem sucedidos que estavam em andamento.
Eu sei que alguns secretários poderão não gostar, podem dizer que eu também fiz parte da administração pública atual, que poderia ter dado sugestões. Agora eu pergunto – e meus colegas da prefeitura que não têm cargo de chefia podem responder por mim – desde quando quem não é chefe nessa administração teve direito à voz?

O que ouço o tempo todo – repito que essas críticas é ao sistema e não à prefeita – é que o que não falta na Prefeitura é gente “graduada” cometendo o crime de “assédio moral”. Não dirijo-me a todos os secretários e nem a todos os chefes, mas quem merecer esse puxão de orelha. E dirijo-me, de coração aberto, suplicando para que mudem o seu comportamento daqui para a frente. Eu amo Cacoal. Eu quero ver esta cidade crescer. E é por isso que quero ver a Administração Pública prosperar.

Rainha Coração Valente
Nas oportunidades que tive de conversar com a prefeita Sueli Aragão (não foram muitas) pude perceber que ela é uma pessoa preocupada com o crescimento da cidade e sempre lutou para conquistar seus objetivos. É por isso que eu sempre disse que ela é uma guerreira, uma verdadeira Rainha Coração Valente. Sei que ela tem fãs e também uma legião de adversários políticos que fazem de tudo para desqualificar todas as suas ações. Eu não tenho acesso às contas públicas, só conheço o superficial da administração pública assim como a maioria dos cacoalenses, mas o que sei – e percebi isso em conversas que tive com a prefeita – é que ela sempre teve um empenho enorme para que a cidade fosse reconhecida como uma das melhores de Rondônia. Temos de tirar o chapéu, pois em parte ela conseguiu. Hoje Cacoal é uma cidade muito bem avalizada sob o conceito da população rondoniense. Temos os problemas domésticos, falhas foram cometidas, mas o importante é que houve muitos acertos. Por isso espero que minhas críticas sobre a falta de continuidade de algumas ações, como a da Coleta Seletiva do Lixo sejam bem assimiladas. E eu tenho esperança de que serão bem assimiladas. O bom gestor público, seja ele secretário, prefeito ou gerente administrativo de empresas púbicas ou autarquias, sempre sabe fazer uma deliciosa limonada a partir do suco azedo do limão. Mas os maus gestores, ao contrário, tratam logo de fazer pirraça, birra, e, ao serem questionados, fazem questão de continuar em sendas tortuosas ao invés de utilizar-se das críticas para aplainar as suas condutas e caminhar rumo ao horizonte no qual poderão admirar a beleza e a opulência das realizações humanas.

Luta pelo poder na Câmara
Na próxima semana vou comentar os embates rumo à eleição do próximo presidente da Câmara de Cacoal. Em Pimenta Bueno já ouve até bate-boca e lavação de roupa suja em público. Será que aqui o pessoal navega em águas tranqüilas? Veremos. Ah, já que falamos em “navegar”, não se esqueçam de valorizar o que é nosso. Leiam o nosso site www.portalcacoal.com.br e o www.clarin.com.br. Você também pode acompanhar esta e outras notas em www.papudiskina.blogspot.com. Todos esses sites foram reformulados, viu? Estão bem apresentáveis e com muitas novidades agora.
Confiram, ainda, outras publicações eletrônicas do autor, como o www.portalrondonia.com.br e vários outros portais em nossa guia www.portalrondonia.com.br/sites

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