Papudiskina comenta instabilidade causada por TRE de Rondônia

Instabilidade no Governo
Essa decisão do TRE de cassar um governador eleito pelo povo pode gerar uma grande instabilidade em nosso Estado. Os políticos que apóiam a decisão da corte eleitoral afirmam que de fato houve abuso de poder econômico, mas aí fica uma pergunta: “e os fortes investimentos do governo federal não deveriam também ter impulsionado a candidatura do PT”? Pelo que se vê, o TRE se apóia na tese de que a compra de votos teria ocorrido com a transferência de recursos para funcionários ligados a uma empresa da família do agora senador Expedito Júnior (também cassado) e que igualmente está recorrendo ao TSE.

Supondo que sejam verídicos os fatos no que tange a ações do então candidato Expedito Júnior, o que isso teria a ver com o governador? É fato que o candidato tinha o apoio explícito do Governador como parceiro de campanha, mas isto, por si, não significa prejuízos aos demais candidatos. Afinal de conta, os candidatos da oposição também tiveram fortes padrinhos políticos, entre os quais o maior catalisador de votos das últimas décadas, Luiz Inácio Lula da Silva.

Eu sou a favor da legalidade e respeito às leis, mas nesse caso específico penso que está havendo ações hipócritas que só causarão prejuízos ao nosso Estado. Por que não viram isso antes da posse? Por que só agora, mais de dois anos após as eleições, o TRE toma essa decisão? Que ganho terá o Estado com um governo tampão de dois anos? Nosso país precisa de leis mais efetivas e menos ações hipócritas que são tomadas apenas para atender a conveniências. Assim como diziam durante a campanha que o povo deveria eleger o Lula e deixar o homem trabalhar, eu digo o mesmo em relação ao governador Ivo Cassol: “deixem o homem trabalhar”! E, mais, vejam a votação do segundo colocado nas eleições passadas. Está mais do que provado que a eleição de Cassol realmente representou, pelo menos naquele momento, a legítima vontade da população. Qualquer coisa que digam em contrário não passa de ilações de gente que não sabe perder.

Você conhece Francesco Vialetto?
Se você nunca ouviu falar em Francesco Vialetto saiba que ele comandará as ações da prefeitura de Cacoal, a partir de primeiro de janeiro, juntamente com a vice-prefeita Raquel Duarte. Francesco Vialeto é, na verdade, o padre Franco. Ele já está se mobilizando em Porto Velho e em Brasília visando angariar capital político para o seu futuro governo e com isso conseguir recursos para enfrentar os tempos de crise que o país sacode o Brasil e praticamente todos os países do mundo.

Francesco Vialetto já se encontrou com o governador Ivo Cassol, com deputados estaduais, deputados federais, senadores de Rondônia e ministros do Governo Lula. Em contato com a imprensa, ele disse que as eleições de 2008 são páginas viradas e que a partir de janeiro ele vai governar para todos e com todos, independentemente de cor partidária, concepção religiosa ou de gênero.

Prefeitura nova em Cacoal
Finalmente a administração municipal de Cacoal vai ganhar um prédio novo, mais condizente com o seu potencial. O prédio antigo mais parecia um barracão típico de cidadezinhas do “faroeste americano”. Parabéns à prefeita Sueli Aragão pela iniciativa. Só que o prédio ainda precisa pelo menos duplicar o seu tamanho e temos certeza de que o futuro prefeito irá ampliar essas instalações.

Cidade de prédios feios
Uma coisa que precisamos incentivar é que tanto a iniciativa pública quanto privada devem investir um pouco mais nos visuais de suas construções. Cacoal, infelizmente, é uma cidade de prédios feios. Vendo os novos edifícios, até parece que não temos bons engenheiros da construção civil em nossa cidade. Talvez seria o caso dos escritórios de engenharia de nossa cidade passarem também a utilizar a mão de obra de bons designers. Quem não esteja entendendo o que quero dizer, entrem no site do Google e pesquisem por fotos de cidades como Brisbane (Austrália), Shangai (China) e Dubai (Emirados Árabes) para se ter uma idéia de prédios realmente bonitos e cidades que encantam pelo seu belo visual. Alguns dirão: “mas Cacoal em vista essas monstruosas cidades não passa de uma vila”. Concordo. Mas também as pequenas cidades podem investir em qualidade. Eu conheço algumas cidadezinhas de São Paulo que são de encher os olhos de quem as visita.

Praça pública
Já que estamos falando em visual moderno e que atraiam os olhares dos visitantes, que tal mandarmos passar trator em toda a Praça de Cacoal, destruí-la por completo, aplainá-la e reconstruí-la? Nossa praça dos Pioneiros não tem nada de charme. Sei que é pouco provável que algum administrador realmente tenha essa idéia (maluca como a minha) de destruir por completo nossa praça pública e reconstruí-la. Uma saída seria construir outras praças públicas, mas os administradores do passado não exigiram de quem loteava seus terremos que doassem espaço para praças públicas nos bairros. O Village do Sol talvez seja exceção. Deveria haver espaço para praça pública em outros bairros como Novo Horizonte, Novo Cacoal, Princesa Isabel, Teixeirão, etc. Uma sugestão: “que se exija de quem for abrir novos loteamentos que deixem generosos espaços para praças públicas e centros comunitários.
Como faz falta em Cacoal algo como a Praça do Povo em Presidente Prudente. Uma cidade deve pensar não apenas no seu crescimento populacional, mas sim com a qualidade de vida dessa população. Cacoal sequer tem espaço para a sua juventude, que tem de se aglomerar em avenidas como a Porto Velho, o que dificulta o trânsito aos finais de semana (principalmente às sexta-feira) e frequentemente é causa de trágicos acidentes.

Daniel Oliveira da Paixão

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