Instituto Phoenix divulga pesquisa que é um ultraje aos cidadãos de Cacoal

Pesquisa Phoenix merece repúdio
Uma pesquisa do Instituto Phoenix, divulgada no site O Observador, está chamando a atenção por incluir como pré-candidatos em Cacoal apenas quem lhe interessa, omitindo nomes de pessoas que, como é de conhecimento geral da comunidade, vem trabalhando para disputar as eleições deste ano. A forma como age esse instituto merece o repúdio da sociedade e uma investigação por parte das autoridades. No caso de Cacoal, a imprensa tem divulgado amplamente que o Dr. Silvério conta com o apoio do PSB para disputar as eleições deste ano e o seu nome vem sendo propagado em todo o Estado em diversos meios de comunicação. Como explicar a aberração desse instituto pelo fato de não colocá-lo nominalmente? Esse instituto vem seguindo o mesmo comportamento desrespeitoso de alguns políticos de Cacoal que, ao se reunirem, dizem que aqui temos fulano e beltrano candidato, mas omitem completamente o nome do Dr Silvério.
Que alguns candidatos tentem ignorar o nome do Dr Silvério para disfarçar o receio que têm dessa candidatura inovadora venha a deslanchar é até compreensível, mas o que esse instituto de pesquisa está fazendo é mesmo um ato de ultraje à democracia.

Fim de pintura nos muros
O vereador Katatal anunciou na ultima segunda-feira que antes do dia 30, os vereadores de Cacoal devem aprovar uma lei proibindo o uso de muros para publicidade de candidatos em nossa cidade. Se essa lei inovadora for mesmo aprovada, a Câmara Municipal de Cacoal servirá de referência para todo o país, além dos vereadores merecerem elogios por esse ato em favor da democracia plena exercida com responsabilidade e respeito aos cidadãos.

Semana decisiva
A movimentação política está acirrada esta semana, com todo mundo procurando todo mundo para conversar, mas a partir de 01 de julho, cada grupo irá buscar o seu próprio espaço. Até 15 dias atrás, tínhamos apenas o Dr. Silvério (PSB) como pré-candidato a prefeito, vez que nos outros partidos sequer havia consenso se teriam candidato próprio ou, em caso de tê-lo, quem seria o agraciado. Mas no domingo passado tivemos a confirmação, através de votação bastante democrática, de mais um candidato e este é, nada mais nada menos, que o Padre Franco (PT). Falando francamente, há pessoas que acham que ele nem precisa ter mais eleição, pois o mesmo, agora em composição com a Dra Raquel, já estaria eleito por antecipação. Há, porém, os que têm os pés no chão e analisam o fato de que em eleição, como em um jogo de futebol, ninguém ganha antes do apito final. Neste fim de semana, mais um “nomão” da política rondoniense decide-se por disputar o Palácio do Café. Este político é o assessor especial do governo de Rondônia, Nilton Capixaba (PTB). Ele, aliás, é mais conhecido pelo seu trabalho como deputado federal por 08 anos e ainda hoje é chamado por seus correligionários de “o deputado”. Assim sendo, “os analistas” têm como certo o fato de que teremos três candidatos a prefeito, havendo ainda a possibilidade de uma quarta candidatura, caso a ex-vereadora Glaucione Neri (PSDC) consiga consolidar o seu desejo de disputar essas eleições ao cargo máximo no âmbito administrativo de um município.

A elite vota e decide primeiro
Estamos acostumados a ver a elite decidindo, por antecipação, quem são os que têm chance de conquistar sua fatia no poder e os que são meros coadjuvantes. Mas eis aí um pequeno contratempo: a elite, em que pese todo o poder de persuasão e a sua capacidade de formar opinião, não conseguiria eleger nem mesmo um presidente de bairro sem a adesão direta do proletariado, a chamada “força do povo”. Exemplos não faltam de políticos “apontados” como imbatíveis e que simplesmente não passaram no exame final, no crivo do povão. Considero o caso mais dramático o do ex-deputado Natanael Silva, que conseguiu aglutinar os mais expressivos “nomões” da política e da classe empresarial, mas que teve uma votação inexpressiva e humilhante.
Cito esses exemplos não para assustar esse ou aquele candidato, mas apenas para alertar para o fato de que cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Aquele que quiser ser prefeito de Cacoal tem, no mínimo, duas etapas importantes nessa caminhada. O primeiro passo, o da candidatura em si, é importante obter o apoio da elite, pois é ela quem determina quem pode ou não ser candidato. Desgarrados podem até ser candidatos, mas apenas se forem inexpressivos, sob a ótica da “nobreza social”. O segundo passo, seja quem for o candidato, rico ou pobre, passa obrigatoriamente pela conquista e apoio do que chamam de “povão”, ou seja, dos trabalhadores do campo ou da cidade, e até mesmo dos desempregados e que, por essa condição, vivem do mercado informal, sem carteira assinada e sujeitos a todas as intempéries.

Apoio dos evangélicos
O povo evangélico, até pouco tempo ridicularizado e discriminado na sociedade, vem conquistando muita importância nos dias atuais em razão de seu crescimento estatístico exponencial e em muitas cidades são eles quem decide uma eleição. Nas duas eleições passadas não resta dúvida de que o povo evangélico representou o fiel da balança em Cacoal e nas eleições deste ano o voto dos cristãos protestantes será disputado fervorosamente. Uma prova disso foi sentida na pré-convenção do PT, quando foi muito comemorada a possível coligação com o PMDB, que indicaria a Dra Raquel, que é uma das representantes da bancada evangélica na Câmara Municipal (Se bem que, antes do afastamento da Glaucione, 70% dos parlamentares cacoalenses eram desse segmento).

Conquistará o PT o voto dos evangélicos?
Por muito tempo pregou-se que evangélico não votaria em candidatos da ala esquerda, especialmente do PT e do PCdoB, mas nas eleições presidenciais de 2002 e 2006 ficou provado que não é bem assim. Embora ainda haja muitos evangélicos que não votam no PT, há muitos que votam.
Mas há uma verdade que precisa ser dita: em Cacoal os líderes do PT realmente comemoraram a possível aliança com a Dra Raquel, pois aqui os petistas realmente não têm conseguido conquistar o voto dos evangélicos. Assim, a Dra Raquel surge como uma esperança, ainda que, entre os cristãos protestantes, haja várias correntes e enganam-se quem pensa que todo evangélico pensa e age da mesma maneira ao decidir-se na hora de votar.

Pequenas considerações
Como evangélico há 43 anos, tenho notado pelo menos 03 grandes segmentos distintos: os tradicionais (batistas, presbiterianos, luteranos, metodistas, episcopais); os pentecostais (formados por membros da Assembléia de Deus, Deus é Amor, Avivamento Bíblico, Brasil para Cristo) e os Neo-Pentecostais (Igreja Universal do Reino de Deus, Renascer em Cristo, Igreja da Graça). Aí cabe uma pergunta: conseguirá o PT obter o apoio entre todos esses três segmentos? A resposta iremos obter somente após a contagem final de todos os votos. Mas, a princípio, o que se observa é que os tradicionais têm mais afinidade com o segmento católico e luterano; os neo-pentecostais, a maioria dissidentes do pentecostalismo, apóiam os pentecostais no que tange ao rito litúrgico e se aproximam dos tradicionais e dos católicos no âmbito comportamental (usos e costumes). Em minha humilde avaliação, uma candidatura do PT teria mais facilidade de simpatia entre os tradicionais e luteranos, um pouco menos de facilidade entre os neo-pentecostais e certa barreira para alcançar o âmago dos corações do povo pentecostal. Mas que fique claro que esses comentários faço como alguém que observa de modo superficial e como os corações e mentes são campos intransponíveis, quem sou eu para saber o que de fato pensa toda essa gente?. Talvez eu tenha alguma razão, mas pode ser que eu esteja completamente equivocado em minha avaliação. Mas como todo comentarista é um pouco metido a saber um pouco de tudo, arrisquei o meu palpite e espero que sirva de alento ou de alerta para esse ou aquele candidato. Para alguns alento; para outros, um aviso de que, se querem ganhar, devem ter o bom senso de falar a língua do povo e se afastar um pouco da tentativa de querer inovar em tudo, mesmo que para isso tenham de contrariar princípios arraigados há séculos no coração das pessoas.

Dia 30 está chegando
Parece um tanto contraditório, mas apesar da ansiedade, praticamente todos os partidos políticos vão deixar para o dia 30 a data de sua convenção oficial para homologar seus candidatos. Mesmo quem já se decidiu por candidatura própria como o PT, quer dar tempo ao tempo para ver se consegue melhorar o seu arco de aliança e com isso reforçar o palanque e conquistar mais tempo para o programa eleitoral gratuito no rádio e na TV. O curioso é a tensão que todos os partidos estão enfrentando, pois mesmo alianças tidas como indissolúveis podem deixar de existir até o dia 30 de junho. Como diz o vereador Katatal, em seus discursos na Câmara Municipal, os aliados de hoje podem ser adversários amanhã e vice-versa.

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Clarim da Amazônia