Seminário internacional sobre doença de Chagas acontece em Belém

De 20 a 24 de abril, Belém reune especialistas e profissionais da área da saúde de países da América do Sul para a Semana da Comemoração do Centenário de Descoberta da Doença de Chagas. A programação é extensa e prevê a realização de reuniões, seminários e homenagens às pessoas que contribuíram para os avanços no tratamento da doença de Chagas.

O controle da doença de Chagas no Brasil teve excelente avanço nas últimas décadas, gerando uma redução drástica no número de casos e óbitos, passando de 100 milhões de casos notificados a aproximadamente 150 casos anualmente. Segundo a coordenadora do Programa de Controle de Chagas do Pará, Elenil Góes, os trabalhos de campo, como expedições que definem áreas de risco e o acesso a informação garantiram a redução do número de casos, mas os cuidados devem ser permanentes e inseridos na cultura da população.
Durante as comemorações também será lançado o manual de ações de controle da doença de Chagas para os agentes comunitários de saúde e agentes de endemias do Pará.

História
Em abril de 1909, Carlos Chagas (1878-1934), pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), comunicou ao mundo científico a descoberta de uma nova doença humana. No ano anterior, Chagas já havia sido capaz de identificar seu agente causal - o protozoário que denominou de Trypanosoma cruzi, em homenagem a Oswaldo Cruz - e o inseto transmissor, conhecido como barbeiro. A “tripla descoberta” de Chagas, considerada única na história da medicina, constitui um marco na história da ciência e da saúde brasileiras.

Pioneirismo – Belém foi o local escolhido para sediar o evento pela projeção que ganhou no meio acadêmico, devido ao programa pioneiro na vigilância epidemiológica dos casos agudos de doença de Chagas na região amazônica, que vem executando desde o início do ano passado.

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Clarim da Amazônia