Médico teria costurado útero de mulher junto à barriga, afirma casal à imprensa

O casal Luiz Carlos Fischer de Oliveira e Luciana da Silva Costa, ambos de 24 anos, procuraram a redação do Vilhena In Foco para denunciar que não conseguem ser atendidos pelo médico do Hospital Regional, Gilberto dos Santos Póvoas Jr., que realizou uma operação de cesariana em Luciana em dezembro de 2007.

Luciana teve seu segundo filho, uma menina, que hoje está saudável, no dia 03 de Dezembro de 2007. Segundo, Luiz Carlos, pai da menina, Luciana chegou ao hospital no dia 02 de dezembro, às 20horas, já em trabalho de parto, mas a cesariana só foi realizada no dia 03, às 14 horas, devido ao médico ter outros compromissos.

Após a cirurgia Luciana começou a sentir dores no abdômen, por conta da cesariana que parecia ter dificuldade para cicatrizar. Luciana voltou ao Hospital Regional em 2008 e foi passada de um médico para outro, e sempre que marcavam uma consulta, nenhum médico aparecia e ninguém passou sequer um remédio para a paciente, que reclama de ardência na região da operação.

Já no dia 09 de dezembro de 2008, um ano após a cirurgia de cesariana, foi marcado uma operação de laqueadura para Luciana, na qual, segundo a paciente, o Dr. Gilberto Póvoas iria também consertar um erro que ele teria cometido, quando fez a cesariana.

Segundo Luciana, baseada nos exames de ultrassom, seu útero está costurado junto a pele de sua barriga, além de uma parte do ferimento de cicatrização ainda estar aberto e algumas vezes expelindo pus. “... quando tive meu primeiro filho, em pouco tempo voltei a trabalhar, agora são quase 2 anos, e eu mal consigo lavar roupa em casa”, disse a paciente já emocianada.

Segundo Luciana, no dia marcado para a operação, Luciana chegou a ser internada no Hospital Regional, mas o médico não apareceu, e alegou depois que não estava passando bem naquele dia, pois estaria com um desarranjo intestinal. “... ele falou que não poderia ir fazer a operação e eu recebi alta para ir pra casa sem operar. Mas na ida para a casa, quando estava passando na Avenida Tancredo Neves, próximo ao atual mercado Pato Branco, eu vi ele sentado num bar ali próximo, poxa vida, nós não estamos pedindo um favor, ele operou e cometeu um erro, acho que ele deveria consertar esse erro e devolver minha saúde, para que eu possa pelo menos trabalhar, esse é meu direito”, comentou Luciana.

Segundo Luiz Carlos, marido de Luciana, a gota d´água foi o que aconteceu hoje no Hospital Regional, “... conseguimos marcar mais uma vez, para que o Dr. Gilberto nos atendesse, ligamos no consultório dele e marcamos no Hospital Regional. “.. chegamos lá as 7 horas da manhã e ficamos até 11 horas, aguardando o médico que não apareceu”, afirmou Luiz Carlos.

“... nos aconselharam, no ano passado entrar com uma ação na justiça, mas preferimos tentar conversar com ele, porque o que nos interessa é a saúde da Luciana, mas fizeram pouco caso de nós, procuramos outros médicos, como o Dr. Renato Closs e Renato Bueno, nenhum quis pegar o caso da minha mulher, eles disseram que não vão mexer com uma paciente de outro médico, achei a atitude um pouco grosseira da parte deles.”, disse Luiz Carlos.

Luiz Carlos, ainda afirmou, que acredita que os médicos estão querendo proteger, de alguma forma, o Dr. Gilberto. “... pensei em levar a Luciana para Cuiabá, mas não tenho condições para isso, só tenho como tratar ela aqui”, comentou o marido, já aborrecido de relembrar os quase 2 anos de luta para tratar da saúde de sua esposa.

Luciana além de sofrer com dores relativas à ferida ainda aberta e o útero costurado junto a pele da barriga, ainda tem em alguns dias da semana sangramentos pelo canal vaginal, fora do ciclo menstrual.

Sem solucionar seu caso e vendo a necessidade de contribuir com o orçamento em casa, Luciana resolveu voltar a trabalhar nesta semana, mesmo sofrendo com as dores. Ela conseguiu o emprego de zeladora no Colégio Keppler, mas não resistiu às dores e teve que deixar o emprego, “... eu não conseguia nem varrer nem abaixar para limpar o chão”, relatou a moça de 24 anos.

O Dr. Gilberto Póvoas foi procurado pelo Vilhena In Foco, por duas vezes, mas não foi encontrado em seu consultório. Apenas sua secretária Andréia atendeu, mas não soube dizer quando o médico voltaria ao consultório.

Segundo o casal, eles vão entrar com as medidas jurídicas cabíveis para que Luciana possa ser operada e com ação de indenização também.

Fonte: Vilena Infoco
Autoria: Vilhena in Foco

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