Deputado Maurinho é denunciado por ex-assessor mais uma vez

Um dia após o cabo eleitoral Silmi Hudson Carvalho Pinto voltar atrás e registrar retratação em cartório retirando todas as acusações que havia feito contra o deputado estadual Mauro Rodrigues Silva, o Maurinho, do PSDB, o ex-assessor parlamentar Ruziney Queiroz Mendonça, o Nei, veio a público para denunciar o deputado, praticamente reafirmando as primeiras declarações de Silmi Hudson.



Ex-cabo eleitoral de Maurinho e posteriormente assessor parlamentar do deputado por um ano, Nei desmentiu o ex-chefe, que disse na tribuna da Assembléia Legislativa ter comprado três casas com dinheiro emprestado por banco. As três casas, segundo Nei, custaram R$ 180 mil, R$ 60 mil e R$ 30 mil, respectivamente. O empréstimo feito por Maurinho no Banco do Brasil – ainda de acordo com seu ex-assessor – foi usado para pagar dívidas de campanha contraídas com agiotas, e não para comprar casas.


Os empréstimos para pagar dívidas da campanha foram de R$ 150 mil no Banco do Brasil e R$ 80 numa cooperativa de crédito da capital, mas o deputado declarou à Justiça Eleitoral gastos de apenas R$ 35.624,01. “É evidente que, para se eleger deputado estadual em Porto Velho, ninguém gasta somente esta quantia”, disse o ex-assessor, desmontando a tese de que os empréstimos teriam sido utilizados na compra dos imóveis.Esses imóveis o deputado comprou com dinheiro que recebeu dos assessores Celso Souza Bueno, Célia da Silva Bueno e Sirlei da Silva Bueno, que recebiam da Assembléia Legislativa de Rondônia salários que totalizavam R$ 16 mil e quinhentos e todos os meses devolviam R$ 8 mil para o deputado”, acusou Nei Queiroz Mendonça.


Segundo o ex-assessor parlamentar, o deputado chegou receber parte do salário desses assessores por meio de transferência bancária online da conta dos servidores para a sua. “No Bradesco, a transação era feita diretamente entre o deputado e o assessor”.Nei trabalhou na campanha e passou um ano assessorando o deputado na Assembléia. Ele diz que se demitiu quando percebeu que o deputado estava fazendo “coisa errada” e não honraria os projetos de campanha assumidos com a comunidade. O ex-assesor disse que seu salário no gabinete de Maurinho era de R$ 5.500,00. “No primeiro mês o deputado me pediu dinheiro para supostamente pagar dívidas de campanha, eu recusei e ele não falou mais no assunto”. Nei disse que desconhece se o deputado tenha recebido dinheiro de entidades beneficiadas com emendas parlamentares, mas afirmou que Maurinho pressionou uma certa dona Branca, que ainda trabalha no gabinete, “a trazer dinheiro de emendas”.


Segundo Nei, dona Branca é uma pessoa séria e não quis se envolver, por isso a atribuição de viabilizar o negócio ficou por conta de Jota Júnior, ex assessor do ex-deputado federal Oscar Andrade.Nei vai encaminhar as denúncias ao Ministério Público, Receita Federal, Procuradoria Regional Eleitoral, Polícia Federal, Ministério Público Estadual e ao corregedor da Assembléia, deputado Valter Araújo.
FONTE: OOBSERVADOR.COM

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