Tiziu denuncia caos em Itapuã do Oeste


“O município de Itapuã do Oeste que fica a menos de 100 quilômetros da capital do Estado sofre com o abandono e o descaso das autoridades”, com essas duras palavras e visivelmente emocionado, o deputado estadual Tiziu Jidalias (PMDB) denunciou o estado de calamidade que vive os moradores do município, durante sessão ordinária na Assembléia Legislativa.

O deputado apresentou vários itens que foram apontados por líderes comunitários quando estes estiveram em seu gabinete na Casa de Leis. Entre os problemas estão o lixo da cidade que está sendo jogado a céu aberto e quando chove, a água leva o entulho espalhando sujeira e doenças pelos bairros. Outro ponto considerado pelo parlamentar como o mais grave é a questão das águas da hidrelétrica de Samuel que alteraram a profundidade do lençol freático, provocando o alagamento de várias áreas, principalmente do cemitério da cidade, que fica cheio de água tanto no inverno como no verão.

“Temos relatos dos moradores que já foi possível ver parte de cadáveres boiando pelas ruas e até sendo carregados pelos animais”, afirmou Tiziu. O fato acontece, segundo o deputado, devido à grande pressão das águas, que acaba expulsando automaticamente os caixões para fora da terra.

Além disso, os moradores sofrem com a falta de uma ponte, que teria sido promessa da Eletronorte, quando da construção da barragem no local. Tiziu informou que mais de três mil famílias de agricultores vivem isoladas e quando precisam chegar ao outro lado da cidade pagam uma balsa para atravessar. “Um morador, que foi picado por cobra, morreu à espera de atendimento, pois nesse dia a balsa estava quebrada”, desabafou.

Tiziu fez um apelo aos demais parlamentares, para que fechem as portas da Casa de Leis e sigam em caravana para o município citado. Disse que o povo precisa saber que existem 24 representantes que podem lutar pelos direitos deles. Além dos deputados, ele convidou a imprensa para fazer o registro “in loco” da situação. “Estarei em Itapuã na próxima terça-feira (22), onde juntamente com uma equipe técnica, quero ouvir o povo e fazer um levantamento mais preciso da região. Não podemos ficar de braços cruzados enquanto centenas de pessoas vivem sem o mínimo de condições que são garantidas por lei”, finalizou Jidalias.

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