Cassol diz que vai pendurar a chuteira em 2010


Visivelmente emocionado com o que chamou de perseguição política, o governador Ivo Cassol contou que pretende deixar a política em 2010, durante entrevista concedida à imprensa cacoalense, nesta quarta, às 13 horas, na UNESC.

A entrevista faz parte de um giro pelo Estado promovido pelo governador para esclarecer a opinião pública a respeito da prisão de seu filho, Ivo Júnior Cassol e do seu sobrinho, Alessandro Cassol Zabott na “Operação Titanic”, da Polícia Federal. Os dois foram acusados pelo MPF de tráfico de influência com o intuito de beneficiar a empresa TAG em esquema de subfaturamento de carros de luxo importados.

“Vou cumprir meu mandato até o fim e depois vou pendurar as chuteiras da política. Eu não estou disposto a pagar este preço. Minha família esta acima do poder”, disse.

Antes de reunir-se com repórteres de rádio, jornais e sites de notícias da região, o governador esteve nos programas Fala Rondônia, Rede TV local, e Plantão de Polícia, na TV Allamanda.

Em todos esses veículos ele explicou que Rondônia não é o único estado da federação a conceder incentivos fiscais. Ele disse que é melhor receber pouco de muitas empresas do que não receber nada e ainda prejudicar a população com a redução no número de vagas no mercado de trabalho. O Governador lembrou o caso da Ciclo Cairu, a única montadora de bicicletas do Estado, que chegou a ser assediada por outros governos, mas o Governo de Rondônia atendeu ao pleito da empresa por redução no ICMS e deste modo garantiu dezenas de empresos à população de Pimenta Bueno e região.

“Se meu filho tivesse cometido algum erro, teria que arcar com as conseqüências da justiça como qualquer cidadão, mas meu filho não tinha qualquer envolvimento com os donos da empresa Tag. Se houve erro, foi da Receita Federal que liberou carros importados com valores bem abaixo do mercado no Brasil” , ressaltou.

Política de incentivos vai continuar

“Esses incentivos são a única maneira de atrair investidores para o estado. Se não fossem esses benefícios [o estado de] Rondônia estaria quebrado. Estados como o Pará, São Paulo e Rio de Janeiro dão esses incentivos fiscais e a Receita Federal não fala nada, mas o que eles queriam era me atingir”, disse Cassol.

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Clarim da Amazônia