Histórico do Arraial Flor do Maracujá

O Arraial Flor do Maracujá nasceu da necessidade de se conseguir um local apropriado para as apresentações das Quadrilhas e Bois-Bumbás, que acontecem em Porto Velho desde 1920 e que não tinham um espaço adequado. Aconteciam nas escolas, praças, ruas, quintais, ou pequenos locais, com estrutura bem menor do que a que se tem hoje. Com a realização do Arraial Flor do Maracujá, em 1983, ao lado do Ginásio Cláudio Coutinho, passaram a existir: um amplo curral para as danças dos Grupos Folclóricos, arquibancadas para acomodar o grande público, palco para o serviço de som e para o conjunto que acompanha os Grupos Folclóricos, barracas para a comercialização de bebidas e comidas típicas e um parque de diversão. O Arraial foi transferido em 1990 para uma área bem maior, situada entre as Ruas Farquar e Presidente Dutra X Calama e José Camacho, onde permaneceu até 2003.

Em 2004 e 2005 o Arraial “Flor do Maracujá” foi realizado no Parque de Exposição da Associação dos Produtores Rurais de Porto Velho. Em 2006, 2007 e 2008, atendendo a muitas solicitações da Comunidade, o Governador do Estado de Rondônia e o Secretário da SECEL conseguiram com que o Arraial voltasse para o local anterior, que já se tornou tradicional.

Origem do nome “Flor do Maracujá”
Foi uma homenagem a uma das primeiras quadrilhas que se tem notícia em Porto Velho, denominada QUADRILHA FLOR DO MARACUJÁ organizado pelo Sr. Joventino Ferreira Filho, morador no Bairro do Triângulo, na década de cinqüenta. As damas embelezavam seus cabelos com as flores de maracujá, que ali existiam em abundância na época junina.

Contam que a Quadrilha Flor do Maracujá dançava ao lado dos trilhos da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e a dança era interrompida toda vez que o trem passava por ali, e que na cerimônia de casamento da quadrilha, o casal de noivos

chegava ao local de apresentação conduzido por uma cegonha (transporte ferroviário usado para manutenção da estrada) e acompanhado pelo sanfoneiro “Bananeira” (já falecido), mestre de muitas gerações de sanfoneiros e de brincantes.

O povo aguardava a chegada da quadrilha no terreiro do seu Joventino. Hoje, milhares de pessoas aguardam, não só pela chegada dos grupos folclóricos, mas também, pelas bebidas e comidas típicas, pelo artesanato, pelas diversões que compõem este grande arraial, que tomou emprestado o nome "FLOR DO MARACUJÁ" e que todo o ano, continua atuante no mês de Junho, revigorando o Folclore em Porto Velho. Neste ano de 2009, o Arraial servirá de palco para 09 (nove) Quadrilhas Mirins, 14 (quatorze) Quadrilhas Adultas, 04 (quatro) Bois-Mirins e 05(cinco) Bois-Bumbás.
Decoração do Arraial

Organizado e patrocinado pelo Governo do Estado através da Secel – Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer, o Arraial terá novidades esse ano. Para tornar a festa ainda mais bonita a decoração do espaço do Flor do Maracujá ganhou inovações. Além das tradicionais alegorias como a fogueira, os bonecos que representam o casal de brincantes e o portal decorado com elementos que representam as histórias do Boi-bumbá e da quadrilha, as barracas ganharão uma nova decoração. “Todas as barracas terão a frente decorada no estilo das casas de palafita. Utilizaremos materiais que representam a taipa, o pau-a-pique e o barro para representar a estética das moradias tradicionais da região amazônica. Assim, a decoração da festa ficará mais bonita e com mais elementos da cultura popular da região”, explica Jucélis Freitas, secretário da Secel.

Esse ano vamos substituir a palha por outros tipos de matéria prima, que possuem mais qualidade e beleza. O teto das barracas, por exemplo, será de estrutura tubular e coberta com lona colorida no estilo “balão de São João.

Geração de renda
“É importante destacarmos que para a produção dessa grandiosa festa estão envolvidos dezenas de profissionais contratados pelos grupos folclóricos e pelo Governo do Estado. Assim, além de promover o acesso gratuito da população as expressões artísticas de Rondônia o Arraial é também um importante gerador de emprego e renda para a comunidade”, enfatiza Luis Gouveia, gerente de Cultura.

Dados da estrutura
São 140m de arquibancada com 12 degraus com capacidade para abrigar aproximadamente 6 mil pessoas sentadas e mais 50m de camarote que serão suficiente para receber aproximadamente 400 pessoas.

O “curral” de dança terá 40m X 50m todo circundado por grade tubular. Até o ano passado esse gradeado era de madeira rústica. Ao todo são 30 barracas e 45 vagas para ambulantes

Mais de 60 seguranças contratados pela organização e um efetivo de aproximadamente 150 agentes da PM por noite.

Corpo de Bombeiros, Companhia de Trânsito, agentes da Secretaria Municipal de Trãnsito e ambulâncias estarão estrategicamente disponibilizadas para atender qualquer ocorrência necessária.

Vigilância Sanitária Municipal fará fiscalização em todas as noites nas barracas e ambulantes para garantir higiene e segurança alimentar

“Por causa da construção do prédio do Ministério Público do Trabalho perdemos 40 metros do espaço. Para adaptar a estrutura da festa tivemos que reduzir o espaço disponível para algumas atrações como às barracas e o parque de diversão. Mas garantimos que o Flor do Maracujá não perderá nada e a festa será linda como todos os anos”, enfatiza Jucélis Freitas, secretário da Secel.

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Clarim da Amazônia