Participaram da audiência pública os deputados Neodi Carlos (PSDC), presidente da Assembleia Legislativa, que presidiu os trabalhos, Luiz Cláudio (proponente), Daniela Amorim (PTB), Édson Martins (PMDB), Tiziu Jidalias (PMDB) e Ribamar Araújo (PT), além do prefeito Confúcio Moura (PMDB), do presidente da Câmara de Vereadores, Saulo Moreira (PDT) e presidentes e representantes de diversos segmentos.
O deputado Luiz Cláudio, proponente da audiência pública, lamentou que poucos pecuaristas participaram dessa primeira audiência. “Precisamos chamar a atenção dessa classe porque é de grande importância que participem - sejam grandes ou pequenos produtores. Depois não adianta culpar os políticos. A Fetagro já apresentou proposta no Congresso Nacional para a agricultura familiar e está aqui o Chico Padre representando os grandes produtores. Mas sozinhos não podemos fazer nada. Há poucos dias encerramos a CPI do Leite, na qual conseguimos instituir o Conseleite que surgiu da participação da Assembleia Legislativa, preocupada com o desenvolvimento deste Estado. Temos o zoneamento que tem suas áreas demarcadas e vamos cruzar os braços enquanto o Congresso Nacional decida a mudança no Código Florestal Brasileiro sem nos manifestarmos?”, questionou.
Disse ainda que a Zona 1 é a zona produtora. “Tem que ter 50% de Reserva Legal e tem que recuperar as matas ciliares. Concordo com isso. O desmatamento sem critério foi realizado por incentivo do Incra. Agora o produtor tem que plantar floresta.
O Ministério da Agricultura divulgou ontem o Plano Safra 2009/2010 onde vai dispor muito dinheiro para o financiamento, mas como o agricultor vai captar esses recursos se suas terras não estão regularizadas? Querem que preservemos, mas não temos subsídios, o juro não é mais baixo. Não é uma instituição sozinha que vai conseguir resolver essas questões. Temos que fazer uma discussão ampla e apresentar um documento ao Congresso Nacional, documento nascido da vontade do produtor rural. Que ao ouvir as palestras , os produtores expressem sua opinião para apresentar após as cinco audiências, uma proposta para o Congresso Nacional. Não podemos aceitar o que se decide em Brasília sem questionar. Temos 67 a 70% de floresta. Não podemos reduzir a produção. Não existe base científica para deixar de plantar alimento. Precisamos sim, é investir em tecnologia”, afirmou.