ALERTA AO CONSUMIDOR: Com a previsão de alta da inflação neste ano, o consumidor deve ficar atento para o finaciamento das prestações da casa própria.

Com a previsão de alta da inflação neste ano, o consumidor deve ficar atento na hora de financiar um imóvel. A elevação dos juros para combater a inflação irá aumentar a TR [taxa referencial] - o índice de atualização da dívida da casa própria -, ocasionando elevação das prestações no financiamento.

Segundo Orlando Anzoategui, advogado especialista em Sistema Financeiro da Habitação, 'o mercado já assimila uma alta da inflação que deve ultrapassar os 10%'. Portanto, é importante que quem for adquirir um imóvel tenha consciência de que esse quadro atingirá diretamente no bolso, provavelmente comprometendo o orçamento familiar.

Inadimplência

Com a alta nas prestações da casa própria, o índice de atrasos nos pagamentos também deve aumentar, passando de cerca de 12% para 18% em todo Brasil. 'O que o consumidor tem que ter consciência quando for participar de 'feirões' da casa própria é que ele tem que tomar cuidado com a possibilidade de uma futura inadimplência. Com três prestações atrasadas, as instituições financeiras já podem desapossar o mutuário do imóvel financiado em cinco meses', afirma Anzoategui.

O especialista ainda afirma que outro fator que deve ser observado é a prática da alienação fiduciária - um instrumento jurídico utilizado pelos bancos que coloca o adquirente inadimplente na situação de usuário do imóvel financiado, ficando a propriedade do bem em nome da instituição financeira. 'Essa é a vantagem do credor de poder retomar rapidamente o imóvel sem a necessidade de uma execução especial cujo desapossamento do em demorava até cinco anos', destaca.

Cuidados ao financiar um imóvel

Para financiar um imóvel é recomendável que o valor das prestações da casa própria não ultrapasse 30% da renda familiar. Por se tratar de um financiamento de adesão, em que as condições servem aos interesses da instituição financeira, deve-se sempre avaliar o contrato com um profissional especializado para minimizar os riscos futuros.

O consumidor deve, também, ter em mente as possíveis dificuldades e instabilidades financeiras que podem ocorrer, decorrentes do longo do período de pagamento das prestações, que pode ir de 10 a até 30 anos.

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