Sentença de juiz federal revela as atrocidades no Curso de Medicina da Unir

A sentença do Excelentíssimo Senhor Juiz da 3ª Vara da Justiça Federal, reproduções de sites, e outros documentos oficiais, trazem a público de forma incontestável, a vergonhosa e lastimável situação que vem ocorrendo no Curso de Medicina da Fundação Universidade Federal de Rondônia. Bem que os algozes tentaram esconder, mas com base em fatos, documentos e a sentença de um magistrado, a sociedade e a comunidade acadêmica poderá melhor analisar os fatos. A seguir relatamos a série de acontecimentos envolvendo quatro jovens acadêmicos, beneficiados por sentença judicial a freqüentarem o Curso de Medicina da Unir, vítimas de autênticas práticas nazistas.

Confiram agora as atrocidades que os “semi-deuses” tentaram esconder. Acompanhem a sentença prolatada pelo Doutor Elcio Arruda da 3ª Vara da Justiça Federal no Processo 2009.41.00.002285-4:
“ Aparentemente propelido pela animadversão, o Chefe de Departamento de Medicina da gloriosa Universidade Federal de Rondônia, médico José Ferrari, assumiu e assume postura preocupante, absolutamente incompatível ao cargo ocupado. Seus arrazoados, tão profusos quanto infecundos, revelam estar suscitando e insuflando a rebelião de acadêmicos e do próprio corpo docente contra os impetrantes. Chegou às raias de ordenar registro de freqüência “em folha separada e que os mesmos continuarão a assistir as aulas e que farão as provas de cada disciplina. No entanto, estas provas não serão corrigidas e as notas não divulgadas, até que se tenha uma solução judicial definitiva para o que é considerado uma arbitrariedade e uma injustiça com os demais candidatos que se submeteram ao Processo de Vestibular 2009, conforme as regras do Edital” (f. 233)

Os impetrantes vêm sendo demonizados, a mando e sob os auspícios do Coordenador do Curso de Medicina da Universidade Federal de Rondônia. É-lhes dispensado tratamento segregacionista, à moda dum apartheid universitário. Salta aos olhos a avidez pela expiação dos alunos-impetrantes, todos ainda moços novos, na flor da idade. A postura assumida faz tabula rasa aos mais comezinhos princípios éticos, morais e humanos. Todos os alunos devem ser tratados em absoluto pé de igualdade. Qualquer discriminação é odiosa, ilegal, passível de responsabilização.

A alargada experiência haurida na honrosa profissão de médico deveria ter servido a propiciar ao Chefe do Departamento de Medicina algum comedimento, um mínimo de respeito às instituições da República. O relevante mister exercido impõe a quem o ocupe o domínio sobre as próprias paixões e emoções. Ressentimentos e impressões pessoais devem ser postos de lado. À eventual insurreição de colegas de turma dos impetrantes, não podia – nem pode – fazer coro qualquer dirigente da instituição de Ensino superior. Ao gestor cumpre, sim, com galhardia, equilíbrio e isenção, conduzir a situação tendo a impessoalidade como estrela guia. Metamorfosear-se, às avessas, numa espécie de líder estudantil serôdio, postando-se como pretenso paladino duma moralidade amalgamada à luz de percepções turvadas, com certeza, não é atitude esperada de quem pretenda atuar como gestor no terreno do ensino público superior.

Definitivamente, decisão judicial em vigor não se discute: cumpre-se, sem mais, sem mórula, serena e pacificamente. Se eventualmente equivocada, há de se buscar sua concorrente reforma no foro competente. É intolerável recusa ao seu cumprimento à alegação de “arbitrária” e “injusta”. Impressões pessoais míopes, chamuscadas por fanatismo, não justificam afronta ao Judiciário, cuja atuação é garantida pela Carta da República. É o preço pago por se viver numa República Democrática. Nenhum curso de graduação público pode atuar à moda de um feudo, operando ao belprazer das impressões de quem o dirija, desdenhando de decisões judiciais.
A reitoria da Universidade Federal de Rondônia há de intervir, no afã de pôr cobro ao desmando instaurado no Departamento de Medicina e restaurar a indeclinável ordem regente do ensino superior.

Sem prejuízo, a desobediência descortinada será alvo de eventual responsabilização em sede apropriada. Porto Velho, 23 de outubro de 2009.”
Após artigo de minha autoria, com o título - Ação criminosa e vergonhosa no Curso de Medicina da Unir, denunciando a abominável prática de assédio moral, os algozes passaram a negar tudo. No entanto, em 28 de outubro de 2009, os agentes da Polícia Federal – Viviam e Marcelo compareceram a Unir, diante da relutância do “professor” de Bioética em obedecer a sentença judicial e permitir que os quatro acadêmicos assistissem a citada aula.

A seguir destacamos dentre tantos absurdos, a reprodução de material publicado na internet, e que ficarão a disposição daqueles que ainda negam estas atrocidades, bem como a imprensa e autoridades.
“Chupa, chupa, chupa. Vão estudar mais seus safados, corruptos e quem sabe, passarão no ano que vem! De qualquer forma uma possível entrada de vocês será monitorada regularmente. Vocês já adquiriram o status de alunos especiais do curso, por esta tentativa porca e nojenta de burlar e fraudar o vestibular. É uma pena que não nos veremos dia 3. Estava com tanta vontade de jogar um saco de mijo na Naiara. E para os outros palhaços, já havia deixado duas dúzias de ovos no sol desde segunda-feira”.
“Lembram-se do que presenciaram no dia da matrícula? Aquilo foi só um ensaio preliminar do que está por vir, do que lhes espera. Aquilo foi um milésimo. Encontrarão (se conseguirem chegar ao bloco e a sala de aula) uma comemoração digna de vocês, seus safados”.

Segue em anexo ao presente artigo, uma série de fotos que comprovam as práticas nazistas na Unir. Quero ainda mais uma vez reafirmar, que em momento algum em meus artigos tratei os crimes que vem acontecendo no Curso de Medicina da Fundação Universidade Federal de Rondônia de forma generalizada. Não acusei de forma generalizada os acadêmicos, como foi divulgado em matéria apócrifa, sem assinatura.

Paulo Ayres: Radialista, Jornalista, Professor Especialista, Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos e Técnico Legislativo. (contatos: 69-8116-9750/ email: pauloayres_jornalista@hotmail.com )

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