ARTIGO - Enquanto o Prefeito e o SET Continuam Brincando com o Povo, o Moto Táxi Ganha Força

O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho vem procurando esconder o que é meridianamente claro à luz do sol: o sistema de transporte coletivo da capital vai de mal a pior. Parece que, para essa regra, não há exceção.
O órgão municipal, criado para organizar o sistema e cobrar das empresas a prestação de um serviço de qualidade à população, só serve para agravar os problemas com os quais se debatem os usuários. Infelizmente, a Secretária Municipal de Transportes e Trânsito (SEMTRAN) não tem sabido cumprir o papel que lhe é destinado.

Andar de ônibus, em Porto Velho, virou um pesadelo, uma angústia terrível, começando pela espera nas paradas. Alguns veículos chegam a demorar até três horas para passar. Some-se a isso a completa falta de higiene nos coletivos. E de pensar que pagamos uma das mais altas tarifas do país, para arriscar a vida diariamente andando em ônibus calhambeques.

Há pouco, o prefeito deixou-se fotografar, ao lado de um empresário do setor, em frente ao palácio Tancredo Neves, durante solenidade de entrega de quatorze novos (?) ônibus. Há quem diga, porém, que metade dos carros foi deslocada para transportar trabalhadores do consórcio responsável pela construção da usina de Santo Antonio.

Fala-se, inclusive, que a SEMTRAN teria criado uma linha especial, denominada Triângulo/Santo Antonio, para atender uma exigência dos empresários. A denúncia chegou ao conhecimento do vereador Ramiro Negreiros, que prometeu investigar.
A carência de uma fiscalização rigorosa por parte da SEMTRAN, vem contribuindo para que muitos carros circulem sem as mínimas condições de segurança e higiene. A secretária Fernanda Moreira já mostrou que não está preparada para a difícil missão que lhe foi atribuída, mas, por uma dessas esquisitices da vida, o prefeito insiste em mantê-la no cargo.

Até agora, a SEMTRAN não tem feito mais que a defesa dos privilégios dos donos de ônibus, deixando o usuário, horas a fio, na rua da amargura, literalmente, debaixo de sol e chuva, já que a maioria dos pontos não tem cobertura. Em alguns locais, só há a placa indicando à parada. E o pior é que ainda há pessoas que teimam em justificar o caos no qual está mergulhado o sistema, como se a população fosse um bando de imbecis.

Enquanto predominar a visão parcial e prevalecer o interesse de grupos sobre as legítimas aspirações da sociedade, coisas como essas vão continuar acontecendo. É por causa disso, que parcela significativa da população defende a implantação do serviço de moto táxi, que a cada dia vem aumentando o número de adeptos e usuários.

A propaganda oficial insiste em dizer que o transporte coletivo melhorou. Pura engambelação. Enquanto o prefeito e o SET continuam brincando com o povo, o moto táxi ganha força.
Valdemir Caldas

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Clarim da Amazônia