Papudiskina - 24 de julho de 2009

DANIEL OLIVEIRA DA PAIXÃO - A chegada do PT ao poder em Cacoal trouxe uma série de novidades. Longe de querer tecer críticas a uma administração que deu o ponta-pé inicial, eu gostaria de fazer algumas avaliações pessoais sobre uma dessas mudanças em específico. Antes, porém, deixo claro que não tenho a intenção de tecer críticas veladas ou me colocar como o dono da verdade. Vou opinar porque vivemos em um país livre, democrático e, especialmente, em uma Cacoal de brasileiros de boa vontade, gente ordeira, pacata e que em pouco mais de 30 anos transformou um pequeno vilarejo de cacau nativo em um pólo de referência em nosso Estado. O alvo de minhas observações, neste momento, é o fim do horário corrido. Eu acho válido o interesse do prefeito e de todo o seu Staff político em garantir à população um atendimento de qualidade e com o máximo de eficiência. Entretanto, farei aqui algumas perguntas e cada um responda como bem lhe parecer. Será que eficiência se faz apenas com um aumento de carga horária ou seria melhor mais qualificação, mais preparo dos servidores? O que vale mais, o uso racional dos recursos públicos em favor da sociedade, com um planejamento estratégico ou apenas o embarque na onda subjetiva de moralidade, transparência e ética, mesmo que para isso tenha de submeter os trabalhadores à exaustão, frustrando-lhe as possibilidades de investir também em sua formação pessoal e dar-lhes uma oportunidade de aumentar a sua capacidade frente a um mundo altamente competitivo? Como disse, tudo o que eu opinar aqui nesta nota reflete apenas o meu ponto de vista - pode ser algo fantasioso - mas, acreditem, eu penso seriamente que faz sentido uma avaliação crítica do que representa o fim do horário corrido - tão tradicional no serviço público brasileiro.


Vamos lá, raciocinem comigo. Se o PT em nível nacional prega tanto a necessidade de cada brasileiro e brasileira em adotar o princípio da inclusão social, inclusão digital e inclusão cultural, como justificar que com uma canetada está se tirando de muita gente a oportunidade de fazer uma faculdade ou cursos de capacitação para poder servir melhor à comunidade? Como ficam os trabalhadores que apesar de dedicar-se firmemente a atender bem a população, usavam o tempo que lhe sobrava com o horário corrido para fazer os trabalhos da faculdade, preparar-se para concursos, enfim, investirem no saber? Será que dará para o cidadão sair às 17 horas do trabalho, ir para casa, tomar um banho, arrumar o material e ir para a faculdade, muitas vezes até em Ji-Paraná ou em outras cidades?. Alguém pode dizer que dá e pode ser que sim. Mas e a qualidade do curso que vão fazer? Será que vão poder fazer o trabalho extra-classe, estágios, etc? Alguém extremamente xiita me dirá: "claro que dá, pois esse cidadão terá sábado e domingo". Aí eu pergunto: e como fica o lazer desse cidadão, o tempo com a família, etc? Dirão alguns: dá sim. Dane-se a família quando se tem um objetivo maior. Mas eu, que sou um socialista utópico, respondo. Sim, com sacrifício tudo é possível, mas certamente essa sobrecarga aos trabalhadores não dará à sociedade nenhum ganho. De que vale duas horas a mais se o trabalhador passará a ficar mau humorado, triste, despreparado e enfadado? Não, dirão os xiitas: "O trabalho dignifica o homem e não mata ninguém". Eu também concordo. Mas o ponto chave de minha avaliação é: o horário corrido dá aos trabalhadores do serviço público a oportunidade que os trabalhadores da iniciativa privada não têm de poder se qualificar, fazer uma faculdade, uma pós graduação, um estágio. Tudo isso que o servidor público poderia fazer, com o horário corrido, beneficia todos os cidadãos que estarão conscientes de que, por conta desse aproveitamento racional do tempo, se está permitindo a formação de uma sociedade com mais técnicos capacitados, mais doutores, mais jovens cursando universidades e pós graduação.


Não, senhores, eu não estou me posicionando contra o fim do horário corrido. Mas apenas dizendo o meu ponto de vista: só quem ganha com essa nova modalidade de serviço público em Cacoal são os políticos sedentos de populismo e que com isso querem mostrar à população de que eles, sim, prezam pela moralidade, ética e produtividade no serviço público. Isso tudo é discutível. Eu, como cidadão, preferiria ver os órgãos públicos fecharem às treze horas e saber que os trabalhadores não estariam sendo tratados como meras engrenagens da máquina administrativa, mas como seres humanos conscientes de sua necessidade ilimitada de absorver conhecimento. Mas, tudo bem, se querem manter o conhecimento como privilégio de poucos e a submissão da massa a nada mais do que trabalho, trabalho e trabalho, eis aí Cacoal a fazer história (como pensam alguns) ou de andar na contra-mão da história como eu penso. Mas eu sou nada. Sou apenas um jornalista que detesta injustiça e golpes mediáticos e populistas para fazer ecoar a falsa bandeira de um mundo novo!


Dicionário sob o olhar político

- Acordo: composição admirável da oposição com um governo que ela chama de abominável.

- Amizade: sentimento de fraternidade eterna que tucanos e ‘demos’ nutrem um pelo outro enquanto esperam pelo rompimento definitivo.

- Brasil: um belo ponto no mapa, ideal para erguer uma nação.

- Cabide: artefato público no qual são pendurados os interesses privados.

- Cabral: o grande culpado.

- Cegonha: meio de locomoção que conduz às páginas da Playboy.

- CPMF: contribuição provisória que conserva a Saúde do Tesouro em permanente ordem.

- Democracia: sistema de governo que permite à burguesia terceirizar o poder a um operário.

- Dúvida: vocábulo que separa os tolos em dois grupos: os que duvidam de tudo e os que não duvidam de nada.

- Espelho: superfície refletora na qual um tucano enxerga um petista e vice-versa.

- Estado: Ente que cria os tributos que ele mesmo vai arrecadar e desviar.

- Fidelidade: sentença do TSE que, confirmada pelo STF, obriga o político a conter as suas pulsões partidárias.

- Firmeza: qualidade atribuída aos que hoje são contra tudo aquilo que amanhã defenderão enfaticamente.

- Governo: um mal cada dia menos necessário.

- Hipocrisia: a sinceridade depois da queda da máscara.

- História: conjunto de mentiras que deram certo na vida.

- Incompetência: inabilidade que, em Brasília, é exercida com refinada competência.

- Indignação: cólera que acomete o brasileiro no intervalo que separa um Carnaval do outro.

- Jornal: rascunho do dia passado a sujo.

- Leite: mistura de ácido com água oxigenada, acrescida de gotas de uma substância extraída das tetas da vaca.

- Ladrão: o político do outro partido.

- Mentira: uma verdade à espera da melhor ocasião para acontecer.

- Nostalgia: saudade dos tempos em que laranja era só uma fruta.

- Orçamento: documento que discrimina a receita e relaciona as despesas públicas que vão sair pelo ladrão no exercício seguinte.

- Partido: agremiação política integralmente financiada pelo déficit público.

- Quadrilha: uma repartição pública negociada privadamente.

- Radical: um moderado que ainda não chegou ao poder.

- Razão: faculdade daquele que tem a caneta e a chave do cofre nas mãos.

- Semântica: vista com uma dose de otimismo, conduz à conclusão de que todas as letras de possível estão contidas no impossível.

- Tucano: ave de gaiola, que Lula decidiu alimentar.

- Unanimidade: a incapacidade individual multiplicada pela nulidade de todos os que compartilham das mesmas idéias.

- Vantagem: benefício concedido àqueles que, não tendo salário, não precisam pagar a CPMF.

- Xadrez: um tabuleiro que não foi feito para os que têm sensibilidade de damas.

- Zero: Elemento que, somado a outro de mesmo valor conduz ao oco do vazio.


Sueli Aragão

A ex-prefeita de Cacoal e pré-candidata ao Governo do Estado Sueli Aragão(PMDB), continua visitando os 52 municípios de Rondônia juntamente com os líderes do partido em Rondônia, deputada Marinha Raupp e senador Valdir Raupp,participando de reuniões com prefeitos, vereadores, deputados e demais autoridades estando recentemente em Governador Jorge Teixeira, Theobroma, Jarú, Espigão do Oeste, Pimenta Bueno, Vale do Paraiso, Ouro Preto, Nova União e Mirante da Serra.

Sueli que disputa sua candidatura a governo do Estado dentro do partido com o prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura, tem sido bem recebida, principalmente pelas mulheres e jovens sempre surpreendendo quem ainda não conhecia seus trabalhos e crescendo visivelmente dentro da disputa interna do PMDB


O PECADO DA CARNE

Grupo de Teatro Risoterapia apresenta O PECADO DA CARNE

Depois de reapresentar Homens por um fio agora e vez de outro grande sucesso do grupo de teatro Risoterapia volta aos palcos, a comédia O PECADO DA CARNE. Depois de fazer muito sucesso em Cacoal e ser apresentado em várias cidades, O pecado da carne volta em cartaz em Cacoal em curta temporada.
Quem já viu vale a pena ri de novo, quem não viu vai se deliciar com esta comédia quente, provocante e sensual, tão provocante que tem censura para menores de 14 anos.
No elenco: Edimar Oliveira, Júlio Borges e Silvinha Moiella, Carina Andrade, Jonh Wesley e Erique.

Serviço:
Espetáculo: O PECADO DA CARNE
Gênero: Comédia
Classificação: 14 anos
Local: Teatro Cacilda Becker
Dias: 18, 19, 25 e 26 de julho de 2009 (Sábados e domingos)
Horário: 20 h
Realização: Grupo de Teatro Risoterapia
Ingressos: Inteira R$10,00 Meia R$5,00

Sinopse
O PECADO DA CARNE

Homem e mulher: separados pela diferença e atraídos pelo desejo.
Se não fosse o desejo carnal, homem e mulher mal se falariam talvez este planeta seria pequeno de mais para os dois. Partindo desse ponto que O PECADO DA CARNE conta à visão do homem e da mulher dentro da relação de desejo um pelo outro.
Seja homem, seja mulher você vai se ver neste espetáculo.

Terça no Teatro

A Fundação Cultural de Cacoal estará apresentando o projeto TERÇA NO TEATRO com o espetáculo DOLORES DA MADRUGADA.
O valor do ingresso para o TERÇA NO TEATRO com DOLORES DA MADRUGADA será apenas 1kg de Alimento, os ingressos podem ser retirados no Teatro Cacilda Becker em horario comercial.
Dias de apresentação: 21 e 28 de julho as 20h

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Clarim da Amazônia