Brasil é o terceiro país com maior índice de câncer bucal no mundo

CURITIBA, 14/07/2009 – Ele ainda não tem muito espaço na mídia e nas campanhas de saúde pública no Brasil, mas o câncer de boca, pode ser quase considerado um problema de saúde pública no país. Consideram-se como câncer de boca (cavidade oral) as seguintes estruturas: lábios, gengivas, mucosa oral, língua e assoalho de boca. Além delas, existem outras neoplasias de cabeça e pescoço, como na cavidade nasal, seios paranasais, rinofaringe, orofaringe, hipofaringe, laringe e cordas vocais.

O Brasil é o terceiro país no mundo com maior incidência desse tipo de tumor, perdendo, por exemplo, para a Índia. O câncer bucal é pouco conhecido pela população geral e, geralmente, seu diagnóstico é tardio, como explica o oncologista clínico Julio Cesar Figueira, do Centro de Excelência em Tratamento Oncológico – Neo Saúde, em Curitiba (PR). “Hoje no Brasil, esse tipo de neoplasia ocupa 8ª posição entre os homens e a 9ª entre as mulheres, muito devido à associação do fumo e do álcool, como também pela despreocupação das pessoas aos sintomas iniciais de uma possível doença”, explica o oncologista.

No Paraná, por exemplo, a estimativa de incidência de câncer de cavidade oral para 2008-2009 feita pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de 15,41 casos novos para cada 100 mil habitantes/ano; e 3,94 casos novos entre as mulheres para cada 100 mil habitantes/ano. Com esses dados, podemos observar uma incidência significativamente menor em mulheres. “Esse é um tipo de câncer que envolve muito mais a população masculina, predominando em classes sociais e econômicas desprivilegiadas, associado ao hábito do fumo e ou álcool, combinados a um menor cuidado com higiene bucal e difícil acesso à assistência médica. Porém, não se pode criar um preconceito, a doença não é exclusiva de classes desfavorecidas e, também, existe uma parcela de casos relacionados ao HPV (Papiloma Vírus Humano) – especialmente o sub-tipo 16. Quem não se previne e não procura o tratamento médico adequado corre risco de ter maiores complicações relacionadas ao câncer”, explica o médico.

Em todo o país, nos últimos anos, os casos aumentaram para 11 mil a cada 100 mil habitantes. Para o oncologista Julio Cesar Figueira, o importante é prevenir e buscar atendimento médico ao detectar os primeiros sintomas. “Dor, feridas na boca, sangramento, caroços no pescoço, dores de ouvido constantes, dificuldades na mastigação e para engolir merecem atenção e tratamento adequado”, destaca. Os profissionais que deveriam ser procurados nestas circunstâncias seriam: clínico geral, oncologista clínico, cirurgião oncológico, cirurgião de cabeça e pescoço, otorrinolaringologista e odontólogo com conhecimento nas áreas (estomatologia).

O médico avalia a importância das campanhas de saúde pública para a prevenção da doença. “É necessário que a população recebe educação em saúde direcionada para a observação dos sintomas de alerta, bem como o reconhecimento dos hábitos de vida de risco. Por outro lado, há necessidade de um esforço dos órgãos de saúde pública para que ocorra busca ativa de casos novos com diagnóstico mais precoce, já que o tratamento torna-se mais curativo”, diz o médico. A doença nos estadios clínicos III e IV (mais avançados), torna-se mais difícil e demorado de tratar e com menores chances de cura.

Dr. Julio Cesar Figueira destaca que o câncer bucal tem cura quando diagnosticado no início. “Nos estágios iniciais, muitos casos são resolvidos com uma cirurgia inicial e medicamentos adequados. Após, com o passar do tempo, nos casos mais adiantados é preciso, além da cirurgia, um tratamento à base de radioterapia e quimioterapia”, diz.

Outro perigo da doença, é que este tipo de câncer pode estar associado a outras neoplasias do trato aerodigestivo superior. “Se diagnosticado no início, as chances de cura podem ser maiores que 90%. Se não tratado, este é um tipo de câncer que gera deformidade na região da cabeça e pescoço, dificultando a capacidade de engolir, falar e/ou respirar, além do impacto estético-social gerado”, frisa o oncologista.

Sobre o Neo Saúde:
Com sede na cidade de Curitiba (PR), o Neo Saúde conta com uma estrutura com mais de 2 mil m², projetada e construída para refletir, em cada detalhe, as expectativas dos seus profissionais em proporcionar o máximo de bem estar aos seus pacientes. Preparada para atender com eficiência e atenção, a clínica conta com a tecnologia a serviço do conforto e da segurança, em todas as suas acomodações. Localizado na rua Desembargado Costa Carvalho, nº 90, no Batel, o Neo Saúde conta ainda com a parceria com um dos mais importantes centros médicos de diagnóstico por imagem adulto e pediátrico, o CETAC.


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Paula Batista

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