PAPUDISKINA - Entre os assuntos de hoje, proposta para o fim da segundona no futebol de Rondônia

A religião é um remédio de tarja preta
No ano em que se comemoram os 60 anos da criação do Estado judeu nos deparamos com o fanatismo de alguns segmentos radicais do islamismo que insistem em pregar que o holocausto não existiu, mesmo com a farta documentação que se tem dos horrores praticados pelos alemães contra seis milhões de judeus. O próprio general Dwight D. Eisenhower exigiu que todas as cenas fossem fotografadas para que o mundo jamais se esquecesse daqueles assombrosos acontecimentos. A profecia vaticinada por eisenhower começa a se cumprir.
Um exemplo disso começa a acontecer na Inglaterra, quando as autoridades estão tirando dos currículos escolares informações sobre o holocausto sob o falso argumento de que insistir nesse assunto poderia provocar os muçulmanos que vivem no país e negam categoricamente a sua existência.
Diante de tal situação, cabe uma reflexão: até que ponto os estados devem se preocupar em alinhar-se com os clérigos? Não podemos negar a importância das religiões, mas elas funcionam como um remédio “tarja preta” e pode ter efeitos colaterais graves em pessoas despreparadas para discernir os fundamentos de sua religião.
É salutar a convivência harmoniosa entre estado e religiões, mas os interesses maiores da nação devem suplantar a ideologias religiosas, por mais importantes que sejam. As religiões, em geral, melhoram o caráter das pessoas, mas pode ser um remédio forte demais para uns poucos que se encaminham rumo ao radicalismo.

Multiplicidade
O próprio fato de termos várias religiões já indicam que os Estados devem manter-se laicos justamente para ser o fiel da balança e preservar o conceito moderno de democracia, já que as religiões, em geral, funcionam como uma espécie de mini-estados totalitários onde os seus “cidadãos” pouco ou nada podem fazer para contrariar decisões que emanam de seus líderes. Na maioria dos Estados, a monarquia foi abolida e os líderes são eleitos por um período limitado de quatro ou cinco anos, permitindo-se, em alguns casos a possibilidade de reeleição. Nas instituições religiosas, ao contrário, seus líderes, na melhor das hipóteses, sujeitam-se apenas a um colegiado, corporativista por sinal, e, salvo raríssimas exceções, permanecem na liderança por tempo indefinido.
Mas é errado as religiões encapsularem uma espécie de mini-estado, com sua autonomia própria no campo eclesiástico? Seria correto o Estado laico intervir em questões administrativas e de associação das igrejas? Penso que não. As religiões, na verdade, nasceram bem antes do Estado. No dia em que a democracia secular for aplicada ao contexto eclesiástico as religiões simplesmente vão desaparecer. Não é isso que queremos. O que queremos é que as religiões continuem livres para exercerem suas atividades e liturgias e o Estado cuide apenas para o fato de que conceitos internos dessas organizações religiosas não interfiram na organização social de cada país.

Religiosos no poder
Esse conceito de que o Estado moderno deve ser laico faz com que muitas pessoas se preocupem com a participação de religiosos no poder. A justificativa parece válida quando avaliamos as seguintes perguntas:
“Poderá um pastor ou um padre governar um Município, um Estado ou uma Nação, sem querer transferir para os seus governados as convicções que externaram por toda uma vida”? Já imaginaram a situação do país governado por algum religioso que resolva proibir a transfusão de sangue ou simplesmente banir, por decreto, o consumo de certas bebidas ou comidas? Como esse governante iria lidar com a questão de saúde pública, principalmente em temas polêmicos como o aborto, a distribuição de preservativos e o controle de natalidade? Já imaginaram um padre ou um pastor tendo de apoiar a idéia defendida por alguns políticos sobre o casamento gay? Enfim, o Estado deve proteger todas as formas de manifestações religiosas e dar aos seus cidadãos a liberdade de culto, mas tendo o cuidado para evitar que conceitos religiosos permeiem a estrutura de governo.
Aqui cabe uma ressalva: é salutar a existência de vereadores, deputados e senadores que representem suas religiões no parlamento, mas a questão é: “o mesmo conceito valeria em relação ao Poder Executivo”? Que cada um faça uma reflexão e responda para si mesmo a esta pergunta.

Festividades religiosas
Sob esse mesmo conceito de “laicidade” algumas pessoas até questionam os feriados religiosos. Afinal de contas, como seria o país se de repente todas as religiões quisessem garantir que um de seus feriados constasse em nosso calendário. Em nosso país, praticamente todos os feriados religiosos estão fortemente ligados à religião católica, embora o Natal seja igualmente aceito por evangélicos, espíritas e outras vertentes oriundas do cristianismo.
Aqui em Rondônia os meios de comunicação exploraram exaustivamente a homologação do Dia do Evangélico. “O questionamento era: não haveríamos de igualmente exigirmos o Dia do Católico, Dia do Espírita, Dia do Mulçumano, etc”? Só que essas pessoas não atentaram para o fato de que, pelo menos em relação aos católicos, eles já têm o seu dia como Corpus Christi, Sexta Feira da Paixão, etc.
Debates à parte, penso que haja consenso na idéia de que os atuais feriados devem ser mantidos, mas com o cuidado para que novos feriados religiosos, sob qualquer pretexto, sejam inclusos no calendário oficial.

Eleições
Adentrando agora no campo meramente eleitoral gostaria de lembrar que todos os fins de semana estão acontecendo importantes reuniões políticas. O PSB, por exemplo, promove o seu encontro nesta sexta-feira, a partir das 19 horas, na Câmara Municipal. Estará em debate a formação de uma nominata para vereadores e a consolidação da candidatura própria ao Governo Municipal. Desde o ano passado o partido vem trabalhando o nome do Dr. Silvério dos Santos. A participação de todos os filiados e simpatizantes será muito importante. Temos de nos preparar para as eleições deste ano e é importante que os partidos se preocupem não apenas com a quantidade, mas sim com a qualidade dos seus candidatos. Havendo uma boa triagem nesses momentos que antecedem as convenções, diminuem-se os riscos de uma má escolha por parte dos eleitores.

Falando de esporte...
Será que o rebaixamento de ex-campeões vai se tornar rotineiro em Rondônia? No ano passado o outrora poderoso super campeão Ji-Paraná foi rebaixado à segunda-divisão. Neste ano foi a vez do também ex-campeão União Cacoalense. Será que no ano que vem será a vez do Vilhena E.C ou do Ariquemes? Como disse, no início do campeonato, está para nascer outro comandante de futebol como o Luiz Contec. Ele, sim, conseguiu manter o time por quatro anos como uma das melhores equipes do norte do país e até do exterior. O jogo União Cacoalense x Guarani, por exemplo, foi transmitido ao vivo ou em compacto para 109 países do mundo.

Ji-Paraná continua reinando...
Embora o time do Ji-Paraná tenha sido destronado, a cidade de Ji-Paraná não perdeu a majestade e os ji-paranaenses continuam orgulhosos de sua condição privilegiada no futebol, já que pela terceira vez consecutiva a Ulbra vai disputar uma final. Foi campeão em cima do Vilhena em 2006, bateu o Jaruense em 2007 e agora vai encarar o Vilhena mais uma vez. O Lobo do cerrado está uivando de raiva e quer se vingar da derrota de 2006. Que me desculpem os vilhenenses, mas não acredito que possam com a ULBRA.

Segunda divisão em Rondônia não cola
Rondônia conta somente com 08 equipes de futebol na primeira divisão e faz-se necessário uma pergunta simples: “qual o propósito de termos segunda-divisão”? Como a constituição nos assegura liberdade de expressão, eis aqui a minha resposta pessoal, sem a pretensão de querer ser o dono da verdade: “segunda divisão, no caso de Rondônia, constitui-se prejuízo ao futebol. Se as equipes muitas vezes não têm estímulo nem para disputar a primeira divisão, que vale classificação para a Copa do Brasil e outra para a terceira divisão do Campeonato Brasileiro, que motivação teriam para a segunda divisão? Segunda divisão pode representar “pena de morte” para alguns clubes já combalidos com a falta de apoio.

Se quer mesmo mostrar força no contexto nacional, a federação de Rondônia poderia inovar e eu tenho uma sugestão que fará da federação de Rondônia um exemplo para o mundo. Criem regras que dêem mais sentido de justiça ao futebol, como limitar o impedimento apenas para o atacante que estiver dentro da pequena área (incomodando o goleiro) e estabeleça uma pontuação onde quem joga fora tenha pontuação diferente na vitória, no empate ou na derrota, pois isto, sim, evitaria injustiças. Vai aí a síntese de minha proposta:

Impedimento – Passa a existir apenas dentro da pequena área
Vitória fora de casa – 05 pontos
Vitória em Casa – 04 pontos
Empate fora de casa – 03 pontos
Empate em casa – 02 pontos
Derrota fora de casa – 01 ponto
Derrota em casa – 0 ponto

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Clarim da Amazônia