Acre usa cobaias humanas para estudar casos de malária

CRUZEIRO DO SUL, AC – Em 2005, o Ministério da Saúde suspendeu e condenou o uso de seres humanos em pesquisas de combate ao mosquito da malária. Mesmo com a proibição, a prática continua. Desta vez, o Acre é o lugar escolhido para as experiências. E o caso já chegou ao Ministério Público local.


Cruzeiro do Sul, lugar do Acre de maior incidência de malária, foi a cidade escolhida para os ensaios com as cobaias humanas. Pelo menos seis agentes de endemias contratados pelo governo participam das experiências. São obrigadas a receber um mínimo de 300 picadas por dia no corpo. Por meio dessa prática é possível identificar quais os tipos de mosquitos transmissor da malária predominam na região.

Além de usar os agentes como cobaias, o governo do Acre usa os números da malária no Juruá para conseguir mais dinheiro do governo federal. “No bairro do Alumínio, por exemplo, não existem tantos casos de malária. Mas, às vezes, pegávamos relatórios com até 15 ou mais casos de doença no bairro”, denuncia Jamisson Rodrigues. O agente é um dos muitos agentes usados como cobaia humana no interior acreano. Em alguns locais, as lâminas usadas na coleta de sangue são lavadas e reaproveitadas por falta de material.

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