Com dois anos de atraso, Unir forma primeira turma do curso de Medicina

A turma pioneira do curso de medicina da Universidade Federal de Rondônia (Unir) foi diplomada nesta quarta-feira (10), após uma longa jornada acadêmica de oito anos. Os primeiros alunos do núcleo de Medicina da Instituição, que iniciaram no ano de 2000, deveriam concluir em 2006 – no tempo normal --, no entanto, tiveram que conter as expectativas por mais dois anos, para poder então segurar o tão sonhado canudo.

A esses oitos anos de aprendizagem e de formação profissional, também é somado recessos e faltas de aulas – o que é bem comum em instituições públicas brasileiras --, mas, os motivos desse prolongamento, que causa onerações ao cofre público, quem deve explicar ao Tribunal de Contas da União (TCU) é o reitor Januário Amaral. Em seu discurso durante a solenidade de colação de grau, ocorrido ontem no Auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Porto Velho, o reitor da Unir revelou que o TCU já pediu explicações.

Mas, "mesmo com a conclusão num tempo além do previsto, só há motivos para comemorar. E o diploma acaba tendo um maior significado, pois levou mais tempo para ser conquistado", pondera a nova médica Fabiana Muniz, que é considerada pelos colegas exemplo de perseverança e determinação.

SACRIFÍCIOS POR UMA CAUSA

Ao todo, vinte e quatro alunos se formaram, e em nome desses vitoriosos, o RONDONIADINAMICA ouviu Fabiana Muniz, que contou um pouco do seu desafio pessoal para chagar até o final do curso, enquanto estudante, esposa e mãe.

Fabiana é de Cuiabá (MT), localidade onde reside toda a sua família, inclusive seu filho José Lucas, de 3 anos. Seu esposo, José Carlos Muniz, está em Manaus (AM), onde conclui o curso também de Medicina na Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Desde o início do curso, Fabiana tem estado em Porto Velho, tendo que superar a saudades dos seus amados. "Já passou por minha cabeça desistir, principalmente depois do nascimento do Lucas. Mas, eu tive que arranjar força de onde não tinha. Deus foi a minha força; sem Ele eu não teria vencido", declara emocionada.

Para Fabiana os desafios ainda não cessaram. Seu esposo não foi liberado para vir para a colação em Porto Velho, devido os vários requisitos de conclusão de curso a serem cumpridos nesta reta final. A família só vai poder está unida sem distâncias daqui a dois meses, quando o José Carlos colará grau na UFAM. "Eu fiquei muito feliz com a presença da minha mãe, da minha sogra e de uma tia, que representaram toda a família e parentes, e por poder comemorar perto do meu filho Lucas. O difícil já passou, agora é só comemorar e agradecer a Deus pela dádiva", finalizou a médica.

FONTE: RONDONIADINAMICA

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Clarim da Amazônia