11 de outubro é dia do deficiente físico

No próximo dia 11 de outubro é comemorado o Dia do Deficiente Físico. Segundo os últimos dados divulgados pelo IBGE de 2000, 24,5 milhões são portadores de deficiência no país, 6,6 milhões têm deficiências motoras, 25,4 mil são portadores de paraplegia, tetraplegia e hemiplegia e 1 milhão esperam por prótese, órteses e meios auxiliares como cadeiras de rodas.
Durante todo o ano e não apenas no Dia do Deficiente, o Instituto de Prótese e Órtese (IPO) alerta sobre a necessidade de prevenir doenças e acidentes causadores de amputação, paraplegia ou tetraplegia, além de ressaltar a importância da inclusão social. Especializado no tratamento e recuperação de pessoas com deficiência física, o fisioterapeuta José André Carvalho afirma que a nossa sociedade ainda não está preparada para tratar dos limites e diferenças das pessoas rotuladas de “especiais”. Por isso, com o objetivo de mudar esse quadro, o IPO oferece o que há de mais novo em tecnologia aplicada à reabilitação e qualidade de vida.
“Depois do sofrimento e limitações causadas pela perda de movimentos ou de algum membro, portadores de deficiência física, em muitos casos, perduram o sofrimento com dores freqüentes nas mãos, pulsos, cotovelos, decorrentes do uso de cadeiras de rodas e próteses inadequadas”, afirma Carvalho. Pensando no bem estar do cadeirante e visando melhor qualidade de vida, o especialista trouxe para o Brasil equipamentos de última geração, como por exemplo o Walkabout, que permite que a pessoas fique de pé algumas horas do dia.
O aparelho australiano está disponível no Brasil e é indicado para pacientes portadores de lesão medular que perderam o controle da musculatura das pernas, quadril e tronco. “Entre suas vantagens estão a diminuição do índice de feridas, redução da deformidade nas articulações e do número de infecções urinárias, melhora na circulação periférica e no funcionamento do intestino, diminuição da osteoporose e melhora da auto-estima”, explica Carvalho.
Existem também outros tipos de aparelhos tecnológicos que ajudam pessoas com deficiência em braços, pernas e mãos, por exemplo. “O mercado de próteses e órteses está cada vez mais investindo em novos aparelhos, permitindo mais mobilidade e uma forma mais independente de viver”, ressalta o fisioterapeuta. São exemplos desses aparelhos: joelho computadorizado, cotovelo, eletrônico, mão myoelétrica, entre outros.
Além de equipamentos para melhorar a qualidade de vida dos deficientes, espaços públicos devem ser apropriados para recebe-los como, por exemplo, lugares para diversão, supermercados, bancos e clínicas em geral. Pensando nisso, a dermatologista Marilis Fávaro Lamelas repaginou o espaço com um diferencial: a total acessibilidade para deficientes físicos tanto na infra-estrutura quanto nos equipamentos.
A idéia de construir a clínica com acessibilidade surgiu depois que uma nova paciente iniciou um tratamento de beleza e era portadora de paraplegia causada por seqüelas de uma lipoaspiração mal realizada. “Todos nós temos vaidade, pessoas portadores de deficiência física também, por isso, na hora de construir o empreendimento a responsabilidade social falou mais alto e a estrutura foi adequada às normas de acessibilidade, justamente para atrair esse público e dar condições para que eles possam realizar tratamentos estéticos e dermatológicos com tranqüilidade e segurança”, finaliza a idealizadora da clínica.
Exemplos como esses são pequenas ações, ainda tímidas e que pretendem se multiplicar. Mas tem um objetivo grandioso: tornar a sociedade mais justa, igualitária e acessível.

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Clarim da Amazônia