Encerra o curso de agentes ambientais indígenas promovido pela Kanindé

Capacitar indígenas do corredor etnoambiental Mondé Kawahiba, localizado nos estados de Rondônia, Mato Grosso e sul do Amazonas, para o desenvolvimento de atividades de proteção e vigilância de seus territórios. Esse é o objetivo do segundo Curso de Agentes Ambientais Indígenas, organizado pela Associação de defesa etnoambiental Kanindé. A ação é resultado de uma parceria com vários órgãos como IBAMA, ICMbio, Batalhão de Polícia Amabiental, FUNAI e Corpo de Bombeiros é financiada pelo Consórcio Garah Itxa, que inclui também a ACT Brasil e o Instituto Internacional de Educação – IEB. O curso foi no Centro de Formação da Kanindé, em Porto Velho que começou no último dia 19 encerrou ontem 27 de novembro e reuniu 25 indígenas das etnias Surui, Uru eu wau wau, Amondawa, Cinta Larga, Jiahui, Kanoé, Tupari e Zoró.

Na última aula, os indígenas receberam instruções do programa PrevFogo do IBAMA. Aprenderam as técnicas de combate a incêndio florestal e como usar equipamentos como abafadores.

Sobre o curso
A estrutura curricular é composta por oito módulos, além de palestras e atividades complementares oferecidas dentro de uma carga horária de 180 horas. Entre os temas abordados estão: Papel do Agente na Área Protegida; Direito Ambiental; Direito Indígena; Cartografia; Uso do GPS; Educação e Interpretação Ambiental; Primeiros Socorros; Proteção de Terras Indígenas (monitoramento terrestre e aquático); Resgate Aquático; Combate e Manejo do Fogo; Radiocomunicação entre outros. “É uma ótima oportunidade para aprendermos e podermos aplicar na nossa comunidade esses ensinamentos”, diz Marcelo Parintintin, um dos alunos do curso.
Por meio de um processo de construção de conhecimento, o curso se propõe a unir aspectos teóricos e práticos. “O treinamento vai permitir que os participantes protejam, monitorem e detectem atividades ilegais no meio ambiente e em seus territórios para que, dessa forma, colaborem com a preservação da natureza”, explica o coordenador do curso, Paulo Afonso Junior. Além disso, os indígenas poderão ser multiplicadores de atitudes de proteção e conservação da diversidade biológica e cultural em seus territórios.

Sobre o Consórcio Garah Itxa (Unidos com a Floresta)
O Consórcio Garah Itxa é um programa que trata de desafios chaves para a conservação e gestão territorial de terras indígenas localizadas no Corredor Etnoambiental Mondé-Kwahiba, que engloba o leste de Rondônia, o oeste do Mato Grosso e o sul do Amazonas. O Consórcio pretende reformular o conceito de corredores biológicos e sua transformação em “corredores etnoambientais” que diretamente incorporam as ações de povos indígenas na conservação. O programa terá duração de três anos e estão previstos três resultados: colaborar com a estruturação da Gestão Territorial Indígena; fortalecer organizações indígenas; e criar atividades para geração sustentável de renda.
O Consórcio é liderado pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e executado em parceria com a Associação Metareilá, Kanindé, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), Conservação Estratégica e ACT Brasil.

Fonte: www.kaninde.org.br

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Clarim da Amazônia