SAAE envia projeto à Câmara visando ampliar sua capacidade produtiva

O período de estiagem, comum nesta região entre os meses de maio a setembro, fez aumentar ainda mais o desabastecimento de água em vários bairros da cidade e mostrou a necessidade de se ampliar a capacidade produtiva do SAAE.

O órgão, inclusive, dispõe de certa quantia em caixa, segundo informaram dirigentes da Autarquia, e isso teria motivado a prefeitura a enviar, há três semanas, um projeto solicitando autorização de suplementação orçamentária com esta finalidade .

De acordo com os dirigentes do SAAE, trata-se da construção de um novo floco-decantador com capacidade para processar 400 metros cúbicos por hora de água tratada. O projeto, orçado em 935 mil reais, encontra-se atualmente na Comissão de Constituição e Justiça aguardando parecer favorável. O presidente da comissão, vereador Toninho Masioli (PT), solicitou esclarecimentos da diretoria do SAAE, através de ofício enviado no último dia 28 de agosto e recebeu cópia do técnico no último dia 11 de setembro. Os recursos são do próprio SAAE.

A obra, por conta da escassez de água neste período de seca, é de extrema importância e urgência e irá desafogar o único floco-decantador existente atualmente e que encontra-se no limite de sua capacidade por conta do explosivo aumento de consumo de Cacoal nos últimos cinco anos. Além disso, o atual floco decantador precisa ser urgentemente reformado sob pena de perda irreversível da estrutura de contenção, o que implica em sua paralisação por pelo menos 30 dias e representaria um caos para toda a população.

A implantação desse novo floco-decantador, conforme informam os dirigentes do SAAE, vai representar um aumento de 30% acima do volume atualmente produzido por conta principalmente da economia na lavagem de filtros. Existe também em fase de execução um projeto para aumentar o sistema de captação para o próximo ano .

Toninho Masioli fala sobre andamento de análise
O vereador Toninho Masioli afirmou à nossa reportagem que o projeto, em análise na CCJ, teria o prazo de até 45 dias para ser analisado e votado. Além disso, ele afirma que recebeu as explicações o projeto e os mapas somente no dia 11 de setembro e, portanto, não houve tempo hábil para uma apuração mais detalhada. Ele afirma que por requerer uma análise de técnicos, os vereadores ainda não ter de decidir se recorrem aos especialistas do próprio SAAE ou se terão de buscar técnicos de fora para compreender todas as implicações do projeto.

O parlamentar discorda ainda que a implantação desse floco-decantador terá impacto em relação à falta de água na cidade. Ele afirma que, em princípio, entende que esse equipamento tem como finalidade repor um outro que, conforme o próprio SAAE, está no limite de sua capacidade.

Por fim, Masioli afirma que a Câmara de Vereadores sempre tem aprovado os projetos, de forma responsável, levando em conta justamente os interesses sociais. “Votar qualquer projeto requer, além da análise política, a sua real importância à sociedade. O nosso papel fiscalizador requer que tenhamos serenidade na hora de aprovar quaisquer projetos e, havendo dúvidas, temos de esclarecê-las para que as nossas ações realmente atendam à nossa comunidade”, enfatizou.

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Clarim da Amazônia