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Papudiskina de fim de ano!

DANIEL OLIVEIRA DA PAIXÃO

Reflexões de fim de ano
Parece que a cada ano que passa o tempo se acelera mais. Pelo menos é essa a impressão que se dá. Parece que foi ontem que comemoramos o Natal de 2009 e estamos aqui novamente, prontos a comemorar o ano de 2010. O momento, mais que oportuno para reflexões, leva-nos a entender que o mundo passa por transformações radicais em todos os campos do conhecimento humano. Mas é razoável que não nos esqueçamos de que, no âmago da alma humana, a busca pela felicidade, a forma de sentir e de se relacionar, continua similar aos tempos mais remotos. A tênue linha que separa ódio e amor; felicidade e tristeza; euforia e angústia continuam tão verdadeiras quanto na idade da pedra. É por isso que vemos que ainda se mata em nome do ódio ou em nome do amor; ainda há os que choram de alegria hoje e de tristeza apenas alguns momentos depois; e os que, eufóricos, se dão ao excesso da bebida e o que antes era euforia converte-se em deprimente angústia. Pensando nisso, busquemos no equilíbrio de nossas atitudes a receita para a felicidade. Amemos aos que nos amam e ignoremos aos que nos odeiam; tenhamos uma vida de equilíbrio e não exageremos nas comemorações para que, assim, tenhamos realmente um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de alegrias e bons sentimentos. A todos os nossos diletos leitores, um Feliz Natal e um Venturoso Ano Novo! Boas Festas!

O Brasil de Dilma
Por oito anos nos acostumamos a ouvir o bordão “nunca na história deste país” e a nos emocionar com o jeito emotivo de ser do presidente Lula. Agora, em poucos dias, teremos uma presidente Dilma inaugurando a era em que, pela primeira vez “na história deste país” uma mulher vai comandar os destinos da nação mais rica da América do Sul e também de todo o Hemisfério Sul, embora isso seja apenas em termos absolutos, pois em renda per capita ainda somos superados por várias outras nações do lado sul do planeta, como Chile, Austrália, Nova Zelândia, e quiçá, até pela Argentina (país que como o nosso, também superou o infortúnio das ditaduras de direita e agora vive um momento de razoável estabilidade).
Dilma, eleita no segundo turno por quase 60 milhões de brasileiros, leva consigo a esperança de quase 200 milhões de pessoas que aspiram um Brasil melhor. Aqui ou ali, encontramos alguns pessimistas, mas a grande maioria de nós, eleitores ou não da nova comandante do Brasil, é otimista e acredita que o ritmo de crescimento atual de nossa economia fará de nosso país a quinta ou sexta potencia mundial em um futuro não muito distante. Oxalá que a minha geração, a geração da década de 60 do século passado, ainda viva o bastante para testemunhar esse momento grandioso da história em que uma ex-colônia de uma nação européia se torne mais poderoso do que qual uma das ex-metrópoles do mundo, incluindo não só Espanha e Portugal, mas a própria Inglaterra, outrora um dos maiores impérios do mundo após o declínio de Roma. Viva a democracia! Viva o Brasil! Vida longa à nossa presidente!


Rondônia
Aqui em nosso Estado teremos também um novo rumo e pela terceira vez na história o PMDB será o responsável pelo comando do Estado. Tivemos duas experiências não muito boas e uma delas que beirou ao desastre. Apesar de Valdir Raupp ter se destacado na política nacional como senador de Rondônia, sua passagem pelo Poder Executivo Estadual foi um desastre. Mas não vamos ser pessimistas. Vamos dar um voto de confiança ao novo governador Confúcio Moura. Ele fez uma excelente administração como prefeito de Ariquemes e esperemos que repita esse modelo em nível de Estado.

Coisas da política
Se eu pudesse fazer algum pedido ao Papai-Noel e se de fato ele pudesse me atender. Certamente lhe pediria que a política fosse menos complexa e os políticos mais sérios e menos cara de pau. Não dá para aceitar que as pessoas, que na vida pessoal prezem tanto pela ética e ensinem seus filhos a trilhar o caminho da retidão e equilíbrio, na política se tornem tão inconseqüentes. Recebi esta semana um email de outro amigo jornalista em que dizia: “Ivo Cassol se associa a Carlão de Oliveira e consegue eleger o presidente da Assembleia Legislativa”. Será que essa nota enviada pelo meu amigo faz sentido? Basta irmos ao Youtube e na caixa de pesquisas escrevermos “Corrupção em Rondônia” que vai aparecer um monte de vídeos em que o ex-governador desencadeou uma guerra contra vários deputados estaduais, a quem os acusou de cobrarem propina e isso acabou por desencadear na operação Dominó. Não tenho absolutamente nada contra o Carlão e nem estou aqui para julgá-lo. Afinal de contas, se ele foi preso, outros também deveriam ser e não foram. E se não foram, em certo sentido é válido dizer, então, por estas circunstâncias, que a sua prisão foi uma injustiça. Afinal, não adota a justiça a balança como símbolo? Balança pressupõe igualdade de condições a todos....bem, paro por aqui. Mais uma vez reitero meu voto de Feliz Natal e um próspero ano novo a todos nós! Que os nossos políticos ajam com mais coerência e respeito “coisa pública” (em latim República).

Papudiskina - Daniel Oliveira da Paixão

Ariquemes x Cacoal -
Quando cheguei em Rondônia, no início da década de 80, falava-se que Cacoal era a terceira maior cidade do Estado e a segunda em potencial econômico. Hoje a cidade não ostenta a mesma riqueza e nem figura mais como a terceira mais populosa. Pior: está muito próxima de ser superada por Vilhena, que agora tem mais de 76 mil habitantes. O crescimento de Vilhena foi excepcional, enquanto Cacoal está estagnada. Por que isto acontece? O clima ameno de Vilhena sempre foi usado como marketing, mas certamente não é apenas isso que fez com que esse município do Sul do Estado tivesse um crescimento tão espetacular. A cidade contou com bons investimentos. Hoje, segundo o IBGE, as cinco maiores cidades de Rondônia são: Porto Velho: 410.520; Ji-Paraná: 115.593; Ariquemes: 88.330; Cacoal: 77.982; Vilhena: 75.773. Esses números, na verdade, foram divulgados no início de novembro, mas ao final do mês houve a divulgação definitiva e alguns mun icípios ganharam alguns habitantes a mais, mas nada tão surpreendente. Vilhena, por exemplo, ganhou cerca de 500 habitantes a mais.

Lei da receita médica
Esta semana a imprensa noticiou que o Ministério da Saúde vai agir com maior rigor e vários medicamentos só poderão ser vendidos com receita médica. A lei, na verdade, já existia, mas nunca foi colocada em prática por uma simples razão: não há como exigir dos brasileiros que paguem por uma consulta médica sempre que tiverem uma infecção (como uma dor de garganta, por exemplo). Eu acredito que essa nova investida do Ministério da Saúde é apenas mais um golpe de marketing. Não há como implementar tal lei no país enquanto tivermos uma desigualdade social tão grande (apesar das conquistas nas últimas duas décadas). Antes que alguém argumente que a lei é boa e deva ser colocada em prática pelo bem da própria sociedade, pergunto: quem é que pode ir a um hospital para consultar-se com um médico particular? No caso dos hospitais públicos, o tempo na fila de espera é suficiente para que o paciente morra antes que consiga a receita. Eu mesmo conheço uma pessoa em Cacoal que agendou uma consulta para três meses depois. Já no caso de tratamento, conheço alguém que em dezembro de 2005 marcou uma consulta para janeiro de 2006, portanto, 13 meses depois.

Médicos
Uma das grandes mudanças que o nosso parlamento deve fazer (Câmara e Senado) é proibir de vez a contratação de médicos sem exigir-lhe exclusividade. Tem que pagar salário justo aos médicos, mas também proibir-lhes, definitivamente, de atender em consultórios e hospitais particulares. Há casos no Brasil em que donos de hospitais também são médicos do sistema público. Já imagiram? Alguém acredita que tal médico vai querer que os pacientes do serviço público sejam tratados de forma adequada? Claro que há exceções e há médicos que preservam a ética. Mas em um país onde ficou provado que até donos de funerárias tinham convênios com hospitais, a gente tem mesmo é que ficar com um pé atrás em relação a essa situação.

Congresso Nacional
O que eu percebo, com tristeza, é que temos – salvo exceção – um bando de deputados federais e senadores frouxos, sem coragem para criar leis realmente justas. Alguns projetos fantásticos continuam parados há mais de cinco, seis ou até dez anos. Enquanto outros, absurdos, são aprovados rapidamente. Há muita coisa para se regulamentar como as compras online, a obrigatoriedade do acesso a informação nos sites de venda online, regulamentação das leis de proteção ao crédito, etc.

Hoje uma empresa pode punir qualquer um, levando-o ao SPC ou SERASA, sem que o direito constitucional de ampla defesa e o contraditório seja respeitado. Se alguém tem que gastar tudo o que tem e o que não tem para salvar a um filho e por conta disso deixe de honrar seus débitos na praça, seu nome é negativado sem a menor cerimônia. Onde está a ampla defesa e o contraditório? Não teria essa pessoa o direito de justificar-se? Eu, se fosse deputado, proporia uma lei que as empresas só pudessem negativar o nome de um cliente judicialmente. Isso inviabilizaria as vendas por que o Judiciário está abarrotado de processos? Então que oficialize um Tribuna próprio para o direito econômico, com um rito de julgamento mais célere, garantindo ao menos o mínimo de dignidade a pessoa humana. Enfim, se queremos um país socialmente justo precisamos de leis justas. Mas para isso é necessário deputados e senadores com coragem e que não sejam cooptados pelo lobby dos capitalistas opressores.

Opinião - Legalização da prostituição como profissão

Autor: Daniel Oliveira da Paixão

Começa a ecoar no país vozes ora a favor, ora contra a legalização da prostituição como profissão. Fala-se, por aí, entre os que defendem a ideia, que vamos apenas deixar de lado a hipocrisia e regulamentar uma profissão que já existe e é uma das mais antigas do mundo. Entre os que são contra a legalização da prostituição como profissão, grupo no qual me incluo, há uma diversidade de razões para justificar suas opiniões.
Ouvindo alegações de lideranças eclesiásticas e das pessoas cristãs de um modo geral, percebo que a maior razão para que não se apoie tal ideia é a de cunho moral, religioso. Como cristão também vejo razões morais para se condenar a prostituição. Mas se há uma coisa que eu não costumo confundir é a religiosidade de um povo com leis civis. Sou totalmente contrário a qualquer tentativa de atrelar as leis do Estado a qualquer religião, mesmo que seja a minha. Eu devo ter plena liberdade de professar a minha fé, assim como as demais pessoas têm sua opção de escolha e inclusive o direito de não seguir religião alguma. Portanto, não é por razões religiosas que eu me coloco contra a legalização da prostituição.
Sou de opinião de que não devo me importar com o que as pessoas fazem da vida delas, desde que seus atos não interfiram na dignidade alheia e nem atentem diretamente contra sua saúde ou a sua vida – já que a vida é o bem mais precioso que qualquer um pode ter. Então, deixando de lado minhas convicções religiosas (que me fazem repudiar a prostituição baseando-se apenas em meus princípios morais, mas que não me dão o direito de me impor sobre quem não partilha desses mesmos valores), eu condeno a legalização da prostituição por considerar que tal lei afrontaria diretamente o direito de terceiros. Como assim? Em que a legalização da prostituição afetaria a vida de outras pessoas? Fácil explicar: sendo a prostituição legalizada, a mulher estaria exposta a situações de profundo constrangimento. Não vou me aprofundar sobre o tema, pois requereria muito espaço para detalhar. Mas, em linhas gerais, asseguro que nem aquelas que hoje se prostituem seriam beneficiadas em nada. Na Holanda, onde a prostituição é legalizada, as prostitutas passaram a sofrer muito mais discriminação a partir de então. Agora elas não têm mais o benefício da discrição.
Por mais que dizemos viver em uma sociedade liberal, imaginem os senhores a situação de alguém que, ao se identificar em uma repartição pública ou comercial, mencione que exerça a profissão de prostituta (ou algum nome substitutivo como Escort ou acompanhante)! Além disso, imagino que sendo a prostituição uma profissão, qualquer mulher poderia ser alvo de abordagem nas ruas por alguém na condição de cliente interessado em saber se ela seria uma profissional. É obvio que isso seria tremendamente desconfortável.
Em vez de criar esse tipo de regulamentação, porque não se preocupar com coisas mais práticas, como o combate à violência contra a mulher? Inclusive a violência absurda contra aquelas que, vítimas de extrema pobreza, são obrigadas a se prostituir? Vou mais além. É dever do Estado, isto sim, proteger inclusive aquelas mulheres que, por opção, decidem se prostituir. Há contradição nisso que digo? Talvez aparentemente sim. Mas vejamos o lado razoável. Tudo bem que como cristãos não apoiamos e nem incentivamos ninguém a se prostituir e sempre que possível, podemos dar nossa opinião para que abandonem esse tipo de vida. Mas não podemos fingir que não existem milhões de mulheres que se prostituem também por opção própria. E elas, como cidadãs, também têm o direito de proteção do Estado para que a sua integridade física seja garantida.
O tema prostituição sempre foi um problema grave para os cidadãos e para os governantes, pois estamos diante de um dilema e de uma situação real da qual não podemos fugir. Mas como regulamentar algo que, em sua ampla maioria, só existe por culpa da própria sociedade em razão da escandalosa concentração de renda nas mãos de poucos e a pobreza extrema e desumana de muitos? – Notem que eu disse maioria porque não podemos ignorar que há uma parcela de pessoas que, deliberadamente, adotam a prostituição como opção de vida – obviamente porque esse mercado pode ser extremamente lucrativo para essa minoria.
É por razão como essas que, mesmo contrariando a minha ética cristã, sou forçado a acreditar que, muito embora seja algo completamente contra a dignidade humana regulamentar a prostituição, temos de criar um meio termo para lidar com essa situação. Entendem o que quero dizer? Quem defende a prostituição como profissão está reivindicando direitos, mas pelo caminho errado. O problema, a meu ver, é que mesmo que jurisprudencialmente não se considere hoje a prostituição como crime, muitas autoridades ainda consideram a prostituição como crime e é isso que faz com que essas mulheres que optam pelo caminho do sexo consentido por dinheiro fiquem completamente relegadas à própria sorte, sem condição até de requerer proteção policial e da justiça quando sentirem que seus direitos estão sendo violados.
É isso! Eu disse que não queria me estender muito sobre o assunto. Mas o tema é demasiadamente complexo, pois tem a ver com os nossos valores, mas também com o direito alheio de viverem a vida como quiserem, desde que os seus direitos não impliquem em violar direitos alheios. O que para uns é abominação, para outros é apenas opção de vida. E eu respeito isso. Sou muito consciente disso e valorizo uma sociedade laica, onde a religião seja um direito, mas nunca um dever. Defendo uma sociedade onde eu mantenha a minha fé, possa ter orgulho de minha religião e professá-la abertamente, mas também onde eu tenha de ser consciente de que o Estado deve valer-se de uma ética coletiva, consensual, mas que seja capaz de garantir que liberdades individuais não criem embaraços a outros indivíduos. Então, digamos não à legalização da prostituição como profissão, mas condenemos qualquer forma de violência, inclusive policial, contra quem se prostitui, seja por razões de necessidade ou por opção.

Papudiskina - Daniel Oliveira da Paixão

Reflexos de uma campanha alucinada
Como diria o hoje quase ex-presidente Lula: “Nunca na história deste país” houve tanta sujeira e violência verbal em uma campanha eleitoral, marcada por acusações mútuas e jogo sujo da pior espécie. De um lado, o PSDB e seus aliados (muito mais os cabos eleitorais), resolveram usar a religiosidade do povo brasileiro para tentar tirar votos da candidata do PT e de outro lado os militantes petistas, principalmente no segundo turno, também passaram a insultar o outro lado usando temas requentados e hoje sem qualquer fundamento, como a questão da privatização. Mas se tudo tivesse ficado aí e as baixarias tivessem morrido com o fim da apuração dos votos, pelo menos poderíamos dar um desconto e dizer que é perdoável e extinguível as ações que se cometem durante o calor do embate eleitoral. Mas não é isso o que aconteceu. Fiquei estarrecido ao ver propagar no Twitter esta semana uma série de mensagens que se assemelham muito ao pensamento nazista da Alemanha de Hitler.

Inconformados com a derrota de seu candidato, alguns eleitores de Serra (felizmente só alguns) começaram a propagar o ódio contra os nordestinos. Alguns optaram pelo caminho da ofensa simples, acusando os nordestinos de serem inferiores culturalmente. Não dá para se perdoar tais ofensas, pois é inadmissível que se queira aferir o nível de inteligência de alguém usando como padrão sua origem regional, mas essas ofensas são quase nada se comparadas à atitude extrema de outros, entre as quais a estudante de direito Mayara Petrusco que pede a cada paulista que afogue um nordestino. Felizmente a Polícia Federal, a OAB e o Ministério Público já estão cuidando desse e de outros casos. É incrível que em pleno Século XXI ainda tenhamos de nos preocupar com essa aberração de alguém considerar-se raça superior. Ainda mais em um país como o Brasil onde praticamente 100% da população é miscigenada. O pior é que esses “abestados” não sabem sequer fazer conta e querem se passar por mais cultos. Fossem mesmo inteligentes, saberiam que Dilma seria eleita sem precisar de um único voto do Nordeste. Isso mesmo: se fosse computado apenas os votos das demais regiões, ainda assim a vitória da candidata do PT seria muito superior a de José Serra.

Incursão religiosa desnecessária e patética
A participação de líderes religiosos em uma eleição de um país cuja constituição é laica foi completamente desnecessária e patética. Em certa medida, esses pastores e padres que se envolveram “de corpo e alma” nessa campanha também são, ainda que indiretamente, responsáveis por parte dessa campanha insidiosa contra os nossos irmãos nordestinos. A minha pergunta é: o que os sacerdotes cristãos ganharam em se meter nessa campanha em favor do Serra? Eu concordaria com os líderes cristãos imiscuídos na campanha se eles tivessem se limitado a incentivar as pessoas a cumprir o seu papel cívico e votarem de acordo com suas consciências. É normal em qualquer sociedade democrática os grupos montarem “lobby” em favor dessa ou daquela ideia, mas isso fora de campanha eleitoral. Ficou provado que nem os padres e nem os pastores tiveram o apoio que pensavam ter e agora estão desmoralizados. Em resumo: foram expostos ao ridículo por nada. Agora todos sabem o grau de sua importância como formadores de opinião. Perderam um grande trunfo que tinham em mãos se fossem mais discretos. Muitos políticos, principalmente em Rondônia, endeusavam principalmente os líderes evangélicos por supor que eles conseguiam mover todos os seus fiéis para a direção que quisessem. Agora já sabem: os cristãos evangélicos respeitam os seus pastores enquanto eles se limitam a ensinar a Palavra de Deus, mas sabem quando eles simplesmente querem usa-los como massa de manobra. O interessante é que esses tais são exatamente os que contrariando a própria Bíblia querem nos julgar por sermos o que somos e por expressarmos nossas opiniões de forma contundente. A eles, vai aqui a minha mensagem, extraída da Bíblia: “Não julgueis para não serdes julgados, pois com a medida com que julgamos somos julgados” ou, ainda, tira primeira a trave do teu olho, e então verás como hás de tirar o argueiro do olho de teu irmão. (Mateus, VII: 3-5).

Instituto Phoenix não se emenda mesmo
A pesquisa do Instituto Phoenix mais uma vez mostrou todo o seu potencial ao prever a vitória de João Cahulla contra o candidato do PMDB, Confúcio Moura. O resultado não podia ser mais humilhante. Errar por uma diferença mínima, é perdoável, mas desse jeito é demais. A vitória contundente de Confúcio deixa à mostra que tem algo de podre no reino da Dinamarca. E bota podridão nisso. Não dá para não pensar que tal pesquisa tenha sido uma encomenda desesperada de alguém que queria usar os últimos cartuchos para ver se conseguia, por um milagre, atingir o seu objetivo. É bom que a Justiça Eleitoral fique de olho em certos institutos de pesquisa e não permita que se divulguem essas discrepâncias.

Papudiskina - Manobra desesperada de Natan e possível encenação de José Serra

DANIEL OLIVEIRA DA PAIXÃO

Natan Donadon renuncia mandato
O deputado Natan Donadon (PMDB) enviou carta à Câmara dos Deputados comunicando oficialmente sua renúncia ao cargo. Em nota à imprensa, ele informou que o objetivo era respeitar um acordo com o ex-deputado Agnaldo Muniz, “seu suplente”, que assumiria o cargo até o fim do mandato. O que para os seus correligionários transpareceu um autêntico gesto de altruísmo foi entendido como uma manobra pelo STF, que estava prestes a julgar um processo crime contra o mesmo. Na tarde desta quinta-feira, dia 28, o site do STF informou que Por 8 votos a 1, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a renúncia do deputado Natan Donadon (PMDB-RO) ao mandato, ocorrida dia 27 não retira a competência da Suprema Corte para julgar a Ação Penal (AP) 396, em curso contra o ex-parlamentar, sob acusação de formação de quadrilha e peculato.
Ao apresentar a questão de ordem, a ministra Cármen Lúcia disse que se trata de “fraude processual inaceitável”, uma vez que a renúncia teria, em primeiro lugar, o objetivo de fugir à punição pelo crime mais grave de que o ex-parlamentar é acusado (formação de quadrilha – artigo 288 do Código Penal ), que prescreveria em 4 de novembro próximo.
A nota completa sobre a decisão do STF está no link http://goo.gl/qDO9 (escreva as letras exatamente como estão, inclusive com as duas últimas letras em maiúscula, seguido do algarismo final.

Raquel assume por dois meses?
Embora Natan tenha informado que o seu suplente seja o ex-deputado Agnaldo Muniz, especialistas em direito eleitoral informam que dificilmente ele virá a assumir, uma vez que trocou de partido. Nesse caso, afirmam, quem deveria assumir seria a vice-prefeita de Cacoal, Raquel Carvalho.Mas esta teria de renunciar ao posto de vice-prefeita. Mas aí fica a dúvida: estaria a Dra Raquel disposta a abrir mão de seu cargo, com mais de dois anos pela frente, para ficar apenas com três meses na Câmara dos Deputados? Para assumir a Câmara dos Deputados, ela teria de renunciar ao cargo de vice-prefeita. No caso dela não aceitar trocar “carro popular” por uma “bicicleta velha”, quem ficaria com a vaga seria o ex-deputado estadual João da Muleta, um dos denunciados na operação dominó.

Pesquisa mais favorável ao Serra
O Instituto GPP acaba de divulgar uma pesquisa, encomendada pelo PSDB, em que José Serra aparece apenas a 5,9 pontos a menos que Dilma Roussef. Mas a credibilidade desse instituto fica arranhada ao verificar-se que foi contratada pelo partido e além disso excluiu quatro estados da federação. Provavelmente os quatro onde Dilma tem um maior percentual em seu favor. Agora os tucanos não têm mais o direito de reclamaram do Vox Populi, que é pago pelo PT. Afinal de contas, pelo menos o Vox está mais aliando com o DataFolha, considerado o instituto de maior credibilidade no país e que deu vantagem de 12 pontos a mais para a petista.

Bolinha de Papel
A bolinha de papel lançada contra a careca do José Serra está rendendo gozações pelo lado da militância petista e indignação por parte dos fãs da campanha tucana. O interessante é que a TV mostrou realmente uma bolinha de papel. Apenas um jornalista, com um celular, diz ter gravado cena em que aparece um objeto mais pesado atingindo o candidato do PSDB, possivelmente uma bobina de fita crepe. O curioso é que esse vídeo só apareceu no noticiário no dia seguinte, o que deixa margem à suposição de que foi uma montagem para que a encenação tucana não se mantivesse no foco das atenções. Além disso, contra a versão do Serra, há o fato de que ele aparece ao celular recebendo possivelmente orientações dos seus “marqueteiros”.
Ora, nesse lapso, segundo o próprio Serra, de 15 minutos, pode muito bem ter dado tempo para alguém “fabricar” esse novo ataque de opositores. Seja como for, a agressão por parte de militantes do PT é um gesto tão condenável quanto uma eventual encenação dos tucanos.

PAPUDISKINA - 30 DE ABRIL DE 2010

Daniel Oliveira da Paixão
O diretor do Jornal Tribuna Popular, Adair Antonio Perin, foi reeleito presidente da Associação dos Diretores de Jornais do Interior de Rondônia – ADJORI –RO, em assembléia geral ordinária realizada no último sábado, 24 de abril, em evento realizado na sede do jornal Tribuna Popular. A nova diretoria tem ainda como vice-presidente o jornalista Ailton Batista de Oliveira e como secretário, Daniel Oliveira da Paixão.

Agência ANAP
A Agência de Notícias ANAP vai disponibilizar um serviço de assessoria jornalística e de exposição a mídias sociais aos cidadãos que almejam disputar as eleições deste ano. O diretor da ANAP, Daniel Paixão, tem um vasto conhecimento nesse tipo de mídia e julga muito importante os políticos estabelecerem um contato direto com a população e eleitores em potencial. Ferramentas como o Twitter, Facebook, Orkut, dihitt, dentre outras, são importantes fontes de propagação de informações. Como se trata de um serviço de assessoria, o serviço não viola a legislação eleitoral. Os interessados em mais informações podem entrar em contato com o email rondonia2010@portalrondonia.com.br

Concurso Público
O concurso público realizado no último domingo para preenchimento de vagas para a Eletrobrás colocou à prova mais uma vez a debilidade da legislação brasileira no que concerne a contratação de servidores através desse método de seleção. A grande verdade é que não temos uma legislação específica tratando-se dessa questão. Como socialista, sugiro inclusive a criação de uma Agência Nacional de Empregos, nos moldes das agencias reguladoras já existentes, com orçamento próprio para realização de cursos de qualificação e cadastramento dos desempregados. Através dessa agência, os empregadores poderiam enviar solicitações para contratação de pessoal dentro de parâmetros condizentes com as suas atividades. Mesmo com essa agência, os empregadores não perderiam a sua liberdade de escolher diretamente os trabalhadores de que precisassem usando métodos próprios de seleção, mas as pequenas empresas, que não quisessem correr o risco de contratar pessoal sem referência, recorreriam aos serviços dessa agência por saber que o pessoal nela cadastrado tem acesso a cursos de qualificação profissional nos mais variados ramos da atividade humana. Com relação específico aos concursos públicos, é necessário uma legislação que estabeleça, entre outras coisas, que os candidatos sejam avaliados pelos seus conhecimentos através de questões de múltipla escolha, mas que fossem permitidos apenas questionamentos diretos, sem pegadinhas. Também deveriam proibir interpretações de texto, pois um candidato pode ser facilmente ser induzido a erro, já que dependendo de sua formação cultura, religiosa e ética, por exemplo, podem ter uma avaliação ligeiramente diferente do que pensa a maioria das pessoas. Em síntese, deveriam ser usadas questões sobre as quais não pudessem pairar qualquer dúvida ou indução ao erro. Se menos leve significa pesado, porque não perguntar de forma direta sobre o que é mais pesado ou mais leve?

Fim do salário mínimo
Aproveitando que estamos falando sobre emprego e formas de admissão para a iniciativa privada ou pública, gostaria de debater aqui um assunto polêmico, como o fim do salário mínimo. Alguém pode argumentar, e com razão, que o fim desse instrumento faria com que patrões mal intencionados pudessem explorar ainda mais os seus trabalhadores. Mas permitam-me eu completar o meu raciocínio. O que proponho é que os salários sejam definidos por acordos firmados diretamente entre as entidades que representam as diversas categorias de trabalhadores e os sindicatos patronais. Com relação aos que não têm sindicato ou atuam em atividades diversas, o acordo anual deveria ser feito por um conselho formado intrasindical. Além disso, a própria Justiça do Trabalho, com amplos poderes, poderia julgar os casos em que o salário pago a determinado trabalhador ou categoria de trabalhadores fosse considerado indigno. Em outras palavras, deveríamos fortalecer ainda mais os sindicatos e acabarmos com quaisquer chances de o mercado indexar seus preços aos novos reajustes. Com as negociações feitas diretamente pelos sindicatos, cada categoria com data-base diferente, as chances de o novo salário ser corroído logo no primeiro mês de reajuste, cairiam por terra. O que acontece hoje com o salário mínimo? Ao saber que milhões de brasileiros vão ter aumento em determinado mês, de forma sutil os comerciantes aumentam os seus preços de forma a cobrir imediatamente a diferença de sua folha de pagamento, o que acaba gerando inflação. Por que detendo idéias que parecem ser contraditórias para alguém que simpatiza com o socialismo? Porque me considero um autêntico socialista e não um comunista. Existe diferença entre socialismo e comunismo? Na avaliação dos socialistas modernos, sim. Comunismo é um regime onde o Estado é o empregador, direto ou indireto, e os trabalhadores são apenas instrumento a serviço da produção. No socialismo moderno, respeita-se a iniciativa privada, mas o Estado retém para si o direito de fiscalizar e punir aqueles que queiram utilizar a mão de obra apenas para fins de enriquecimento sem levar em conta o interesse social e o respeito a direitos fundamentais da pessoa humana, como acesso a boa alimentação, saúde, educação e lazer, etc.

PAPUDISKINA - Daniel Oliveira da Paixão

Tese de Superfaturamento de Oxigênio cai por terra
A Justiça, finalmente, põe um ponto final a uma série de injustiças cometidas contra servidores da prefeitura que foram acusados de terem cometido crimes contra o erário público. Dentre essas pessoas, eu gostaria de citar aqui o Sr Amaral, da CPL.
Ele, juntamente com outros servidores, foi injustamente acusado de ter superfaturado a compra de oxigênio quando a secretária de saúde do município era a Sra Glaucione Rodrigues. O poder judiciário concluiu que a compra seguiu rigorosamente os procedimentos legais não houve prejuízos ao erário público.

O triste dessa história é que pessoas como o Amaral, que sempre demonstrou ser um cidadão responsável e coerente, acabam sofrendo desgastes. Eu não sei o que motivou aqueles que levaram avante esse processo contra ele e outros servidores. Não sei se foi apenas um zelo desmedido pela moralidade pública. Mas o que sei é que, por anos, pessoas com motivação política usaram o caso de forma abusiva e contundente para atender aos seus interesses .

Não conheço a índole e o caráter de todas as pessoas citadas na peça acusatória, mas acompanho o trabalho do Sr. Amaral há aproximadamente 10 anos. Acompanhei várias de suas ações na CPL que visavam sempre o interesse público. Os leilões, por ele promovidos, sempre resultaram em economia ao erário público e nunca o contrário.
Lembro-me de que há algum tempo atrás o encontrei abatido e perguntei-lhe o motivo daquela tristeza e ele me confidenciou a humilhação que sofreu quando, ao ser interrogado sobre as acusações de superfaturamento, a “autoridade” responsável pela oitiva o tratou como um bandido, sem ao menos se dar ao caso de que estava falando com um ser humano.

Hoje, mais do que no passado, a responsabilidade da sociedade através de suas entidades públicas e privadas é enorme, pois vivemos em um período em que a tecnologia conseguiu dar um jeito em contrariar até mesmo conceitos científicos de que um corpo não pode estar em dois lugares diferentes ao mesmo tempo. Hoje, em várias circunstâncias, o ser humano passou a ser onipresente.

Abaixo, em tópico separado, vou comentar sobre a importância da “reputação online”. Mas antes, só para encerrar esse tema das injustiças cometidas contra o Sr. Amaral e outras pessoas citadas, gostaria de enfatizar que a sociedade precisa continuar vigilante e ao mesmo tempo atenta àquilo que os grupos políticos dizem em ano eleitoral. Nesses períodos, proliferam-se as acusações, muitas levianas, embora algumas fundamentadas. Mas e nós, enquanto cidadãos, como discernir o que é verdade do que é mentira? A verdade é que realmente é muito difícil se levarmos em conta que as pessoas públicas estão cada vez mais desacreditas. Talvez a pista seja conhecermos mais de perto o caráter de cada um. Nesse fogo cruzado entre os políticos, sempre vão sobrar dardos que atingem diretamente pessoas inocentes. O Sr Amaral foi uma dessas vítimas e não apenas ele, mas toda a sua família. Além disso, ele teve de constituir advogado e despendeu recursos valiosos para defender sua honra e a honra de sua familial

Reputação online
Antes, quando queríamos saber da reputação de uma pessoa, tínhamos de conversar com seus amigos, seus vizinhos e seus colegas de trabalho. Mas hoje, querendo ou não, conscientes ou não, deixamos os nossos rastros no mundo virtual. Conhecemos a índole e o caráter de pessoas pelo que elas escrevem ou pelo que delas se escrevem em sites de relacionamento. Muitas pessoas se comportam levianamente quando postam um comentário em um site ou mural ou quando disparam mensagens em massa via correio eletrônico. Temos de tomar cuidados, pois o que escrevemos na grande rede pode revelar muito sobre o nosso caráter ou falta dele.

Quer saber como anda a sua reputação online? Então vá ao Google, ao Yahoo, ao Bing ou qualquer outro buscador de alcance internacional e escreva seu nome entre aspas e dê um ENTER. Você vai se surpreender com a quantidade de informações a seu respeito. Eu mesmo faço testes periodicamente e me surpreendo. Já vi comentários sobre mim até em sites internacionais. Dias desses estava pesquisando a palavra “Papudiskina” e me surpreendi com as centenas de sites que publicam os meus textos, mesmo sem os seus diretores me conhecerem e mesmo sem que eu tenha enviado qualquer autorização.

Aquelas postagens aparentemente fúteis que as pessoas costumam deixar no Orkut, Facebook, Twitter, Sonico e outras centenas de comunidades online acabam servindo para empresas e instituições públicas nos avaliem. Portanto, cuidado ao pensar que no mundo virtual podemos ser diferente do que somos no mundo real. Pois nas entrelinhas, mesmo que brincando de sermos diferentes, sempre acabamos nos traindo e revelando, nas entrelinhas, o nosso verdadeiro EU.

Reunião do PSB
Neste domingo, os companheiros do PSB estarão se reunindo na casa do Aldemir, a partir das nove horas. Amigos e simpatizantes do partido também estão convidados. Sejam todos bem vindos.

Eleições 2010
Começam as mobilizações para as eleições deste ano e algumas pessoas em nossa cidade já demonstram interesse em disputar o pleito. Dentre os possíveis candidatos, figuram nomes de pessoas que já estiveram na vida pública como Glaucione Neri, Sueli Aragão, Valdivino Tucura, Emílio Paulista... Também teremos candidatos que estão militando na vida pública a pouco tempo como o Dr Silvério dos Santos. Esses nomes citados acima são exemplos de pessoas que já se declaram interessadas em uma vaga na Assembléia Legislativa. Para deputado federal por nossa cidade, tenho informações de que figuram os nomes de Nilton Capixaba e Raquel Carvalho, além de Agnaldo Muniz, que não é daqui, mas que tem ligações com o município. Mas a novidade, pelo menos para mim, é o surgimento do nome de Admilson Brizon, que se diz disposto a encarar a disputa para deputado federal. Se alguém conhece mais alguém que seja de Cacoal e que esteja interessado em disputar uma vaga à ALE ou Congresso Nacional, por favor me informe escrevendo para daniel@portalrondonia.com.br

Só 14% dos cacoalenses aprovam a administração do Padre Franco

Agência ANAP (Cacoal) - Uma enquete publicada no site www.cacoalro.com.br pergunta sobre a avaliação da população em relação ao prefeito Francesco Vialetto (Padre Franco). Confira os números:

Resultado da enquete
Passados 10 meses já é possivel uma primeira impressão sobre a gestão do Padre Franco.

Interessante seria explicar o voto, ainda que anônimamente, para ressaltar os pontos positivos e negativos, coisas que estão ou não funcionando, permitindo assim uma "correção de rumo".

Excelente
Voto(s): 57

Boa
Voto(s): 88

Regular
Voto(s): 80

Ruim
Voto(s): 216

Péssima
Voto(s): 598


Do total de 1039 votantes, apenas 233 pessoas consideraram a atuação do atual prefeito Boa ou Ótima. Ou seja: a avaliação positiva foi de apenas 22,5% aproximadamente. Descontando-se os que consideram a atuação do prefeito apenas regular, o índice de aceitação é ainda pior e cai para menos de 14%. Mesmo que consideremos o quesito REGULAR como sendo uma avaliação positiva, ainda assim a rejeição a atual administração é de aproximadamente 78%.Esta avaliação, claro, não tem peso científico, pois trata-se apenas de uma enquete onde não se tem controle de quem vota, mesmo que se limite a um voto por IP. Mesmo assim, serve como um medidor razoável para se ter noção de como anda o ânimo da população em relação ao atual prefeito. De todo modo, a avaliação do padre Franco, como sacerdote e pessoa humana, continua alta. Ele tem um bom conceito como cristão e como cidadão. Porém, a síntese do pensamento popular é: como padre, sua nota continua sendo 10. Como político, está reprovado!


Fonte: http://cacoalro.com.br/2009/enquete.php?id=35

PAPUDISKINA - Por Daniel Oliveira da Paixão

O Lula que mete medo
Parece que a versão Lulinha paz e amor chegou ao fim agora que o atual presidente não pode mais concorrer à reeleição. Não sei o que deu no presidente que, de uns dias para cá, começou a colecionar uma série de declarações indelicadas e incoerentes. Mesmo alertado sobre graves violações aos direitos humanos em Cuba, ele demonstrou insensibilidade e, além de não interceder em favor de um dos presos políticos (em greve de fome), fez declarações infelizes ao dizer que todos os encarcerados naquele país são apenas presos comuns. Ora, todos sabemos que existem presos comuns em Cuba, mas também há muitos presos políticos. Há muita gente presa só porque discorda do modus operandus do regime comunista cubano. O presidente Lula, com essas declarações, contraria e mancha a sua própria história. Logo ele que no passado também foi um preso político, fez greve de fome e era um combatente em prol da redemocratização de nossa grande Nação. A principal diferença entre a ditadura cubana e a ditadura brasileira é que aqui tínhamos um regime de direita e em Cuba temos uma ditadura de esquerda. Lula, com um pouco de bom senso, poderia usar o seu prestígio junto ao Governo de Cuba para liberar alguns desses presos políticos. O Brasíl é um dos poucos países do mundo com uma democracia razoavelmente estável que ainda apóia o regime castrista. Então, o nosso presidente tinha todas as condições favoráveis para ganhar ponto junto à comunidade internacional se tivesse, pelo menos tentado, convencer Raul Castro a liberar os presos políticos.

Lula em Israel
O presidente Lula também cometeu uma série de falhas diplomáticas em sua viagem a Israel. Ele irritou os israelenses ao negar-se a visitar o túmulo de Theodor Herzl (fundador do movimento sionista) e ao mesmo tempo aceitou o convite para visitar o túmulo do ex-líder da OLP, Yassar Arafat. Ele deveria ter sido mais diplomático e ter jogo de cintura. Poderia ter agradado a "gregos e troianos", ou melhor, judeus e palestinos, se tivesse visitado ambos os túmulos (o de Arafat e o de Theodor). Mas o que mais me chamou a atenção foi a cara de pau do ministro brasileiro que se queixou de indelicadeza de um ministro do estado israelense que não foi ao Knesset (parlamento) prestigiar a visita de Lula. Ora, Lula vai no país dele, ofende a memória do povo judeu ao desprezar o seu líder, e agora os judeus é que estão sendo indelicados? Os judeus ainda foram muito educados e o receberam no parlamento. Eu sou eleitor do Lula e admiro o seu trabalho em favor das classes menos favorecidas, mas não posso apoiá-lo em relação a essas falhas diplomáticas grotescas. Tudo o que Lula conseguiu de prestígio internacional nesses sete anos de governo poderá virar pó se ele não mudar o seu comportamento nos próximos meses. Ele tem que lembrar ainda que estamos em ano eleitoral e se ele quer mesmo favorecer a candidata do seu partido, Dilma Roussef, precisa ser mais comedido em suas ações.

Cassol não foi cassado
Os opositores de Ivo Cassol vão ter de engolir o atual governador até o fim do ano e ainda vê-lo como fortíssimo candidato ao senado da República. Em minha opinião, o atual governador é um dos candidatos com maiores chances de ser eleito senador neste ano de 2010. Apesar dele ser "duro na queda" e muito polêmico, não podemos negar que ele fez o dever de casa, como costuma dizer. Sobre o julgamento dele no Supremo, há muita gente dizendo por aí que o atual governador só não foi cassado pelo fato de ser um homem muito rico e ainda porque aqui, ao contrário do Maranhão, não temos ninguém da família Sarney à espreita para assumir o poder após a deposição do titular eleito. Eu acho que a população tem todo o direito de pensar assim já que em nosso país rico não vai para a cadeia e quando vai, tem tantos privilégios que os chamados homens livres, acabam tendo a sensação de que eles é que são prisioneiros. Mas que ninguém faça besteiras, pois as celas para onde os presos pobres são encaminhados são verdadeiros portões do inferno.

Apesar de respeitar aqueles que acham que Cassol foi absolvido porque mexeu os pauzinhos, eu acho que não havia elementos suficientes para os ministros do TSE cassá-lo. Desde que o caso foi à justiça eu sempre disse que não havia elementos suficientes para vincular a suposta compra de votos por parte do então candidato Expedito Júnior ao atual governador. Não creio que os ministros foram comprados. Pelo contrário, eles respeitaram a constituição e a legislação. Não se pode condenar a ninguém sem que haja provas suficientemente fortes e convicentes. Os ministros aplicaram o conceito de que, havendo dúvidas, o réu deve ser absolvido. Foi o que fizeram. Não basta alguém imaginar que houve compra de votos. É preciso provas concretas. Como nesse caso ninguém conseguiu provar que houve compra de votos, o TSE fez justiça ao absolver o atual governador das acusações que lhes foram imputadas. Todos nós, eleitores ou não do Cassol, temos de estar do lado do que é justo. O Cassol foi eleito pela população e, gostemos ou não, ele tem de cumprir o seu mandato até o dia 31 de dezembro de 2010.

Papudiskina - 05 de março de 2010 - Daniel O. Paixão

Buracos por toda parte
A respeito das enormes crateras existentes em nossa cidade - que dão um ar de superfície lunar a Cacoal - esta semana conversei com o Secretário de Obras do Município e ele informou-me que está faltando material para os devidos reparos (acho que ele estava se referindo a piche, emulsão asfáltica, pedra britada, etc). Sei que não é fácil trabalhar sem condições e sem material, mas fica aí a dica para que os administradores de Cacoal providenciem os recursos necessários. Não creio que o preço seja tão elevado assim para justificar essa penúria. Cacoal é uma cidade pequena, encravada em um Estado não muito desenvolvido, mas fazemos parte de uma federação.

O Brasil, apesar de todos os pessimistas e da roubalheira de alguns políticos, é um país extremamente rico. Não somos o Haiti. Estamos, na pior das hipóteses, entre os 10 países mais ricos do mundo (o que é muito se avaliarmos que o mundo possui quase 200 países). O prefeito - se tiver uma boa equipe e souber fazer bons projetos - consegue, sim, muitos recursos. Pelo menos para atender a necessidades prementes como a recuperação de asfalto, etc.

Mas além dos buracos, falta iluminação pública decente em nossa cidade e outros problemas igualmente graves estão dando a falsa sensação de que vivemos em uma cidade fantasma. Só que nem tudo está perdido. Apesar dos problemas, o povo de Cacoal votou em 2008 e escolheu um prefeito, uma vice-prefeita e dez vereadores. Acredito que esses homens e mulheres, eleitos com a proposta de nos representar com dignidade, vão fazer a sua parte. Eu sei que diante de tantos problemas e frustrações, é preciso um exercício de fé para ainda acreditar em alguma coisa. Entretanto, o que move a humanidade e faz os nossos dias não serem tão ruins é a capacidade humana de acreditar no que é visível e até no que é invisível. Além disso, muitos políticos são extremamente hábeis e conseguem facilitar as coisas com os seus truques de mágicas. Eles criam obras fictícias, verdadeiras miragens, mas os seus truques são tão engenhosos que por um bom tempo acreditamos de verdade que somos uma cidade privilegiada onde contamos com bons hospitais, um belo aeroporto e tantas outras coisas mais. Só que as miragens passam quando o cidadão recobra a consciência...

Asfalto para que, Senador Raupp?
Conheço o Raupp desde 1984, fiz provão do Supletivo com ele, respeito-o como pessoa humana, mas gostaria de pedir-lhe que não aprove mais asfalto para Cacoal enquanto todas as vias públicas já asfaltadas não forem totalmente recuperadas. Para que ficar asfaltando ruas e avenidas nos bairros distantes se as ruas do centro da cidade estão cheias de crateras? É preciso bom senso, senador. Eu tenho vergonha dos turistas que visitam a nossa cidade. No passado, a gente tinha orgulho de dizer que vivia em Cacoal e queria mostrar a cidade para todos os povos. Mas hoje, um cidadão desavisado que chega a Cacoal, pode pensar que está visitando uma cidade erigida sobre os escombros de uma mina deixada por alguma mineradora que por anos sulcou o nosso solo para a retirada de metais. Quem me vê implorando para as autoridades primeiro recuperarem o centro da cidade vão pensar que sou um desses riquinhos que não está nem aí para a população da periferia. Mas não é isso, minha gente. Eu moro no bairro Saúde e deveria querer ver as ruas do meu bairro asfaltadas. Mas sou racional. Do que adianta eu ter asfalto em alguma rua do meu bairro e, ao vir ao centro, ficar o tempo todo com medo de sofrer um acidente de trânsito por culpa dos buracos ali existentes? Há muitos acidentes em Cacoal que poderiam ser evitados se as ruas do centro não fossem tão esburacadas e tão escuras.

Culpa de São Pedro
Semana passada eu disse e volto a repetir: as chuvas recorrentes que caem em nossa cidade não devem ser usadas como desculpas para justificar a situação caótica de nossa cidade. Claro que é mais fácil recuperar ruas e avenidas no tempo de estiagem. Mas os governantes devem estar preparados para, no inverno, fazer pelo menos o essencial. É possível recapear asfalto mesmo embaixo de chuva. Basta usar a Guarda Municipal de Trânsito para desviar o tráfego de veículos durante o tempo necessário para que o material se assente e o piso esteja em condições de uso novamente. Já que o prefeito é padre e conhece a bíblia, deixo aqui um versículo proverbial do rei Salomão: “Quem olha para o vento (e as nuvens) nunca semeia”. Pensemos nisso!

Papudiskina - 25 de fevereiro de 2010

Daniel Oliveira da Paixão
Atenção prefeitura de Cacoal
Não sei exatamente de quem é a culpa e não quero acusar nem o prefeito, nem o secretário de obras, mas cobrar que providências sejam tomadas pelo menos em relação às ruas centrais da cidade, onde se concentra o maior fluxo de veículos. É uma vergonha que uma avenida tão movimentada como a Sete de Setembro esteja totalmente esburacada. Se providências urgentes não forem tomadas, a qualquer dia desses pode acontecer até algum acidente grave. Os motociclistas, quando trafegam no local, fazem malabarismo para achar um trilho onde seja possível passar sem cair em um buraco. Nessa competição desenfreada, corre o risco de um motoqueiro chocar-se contra outro ou contra um veículo, ou ainda contra um pedestre. Repito, não sei de quem é a culpa. Seja ela do prefeito, do secretário, do governador, do presidente da república ou do papa, alguma providência precisa ser tomada. Nossa cidade tem quase 80 mil habitantes e é lamentável que tenhamos chegado a essa situação. Eu estou torcendo para que essa administração consiga superar os problemas que encontrou, mas infelizmente, até o momento, as coisas parecem andar muito devagar. Mas como cidadão que quer o bem da cidade, eu tenho esperanças de que o nosso prefeito, sendo uma pessoa de bem como parece ser, vai resolver pelo menos os problemas mais graves. E eu gostaria que as providências começassem pela Avenida Sete de Setembro e outras vias públicas centrais. Eu sei que poderia estar pedindo asfalto para o meu bairro, Jardim Saúde, e outros bairros periféricos, mas em minha opinião é melhor manter trafegável as vias públicas já asfaltadas do que assumir um ato populista irresponsável de fazer mais asfaltos enquanto os locais onde já foram asfaltados continuam em estado deplorável.

Atenção vereadores
Eu também gostaria de cobrar dos vereadores uma atitude mais combativa e menos passiva em relação aos fatos que ocorrem em nossa cidade. Chega de tanta passividade. Os senhores foram eleitos por cidadãos que, como eu, apostaram todas as esperança em nossa classe política. Eu sei que muita gente não votou certa de que estaria fazendo o seu protesto. Mas eu não concordo nunca em não votar. Acho que quem não vota não tem o direito de cobrar. Mas eu, senhores, nunca votei em branco e nunca anulei o meu voto. Sempre votei em vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República. Por isso tenho o direito de cobrar. Eu vou cobrar sempre. Mesmo que eu seja como a história daquele colibri que tentou apagar o incêndio com a água que carregava em seu bico, não vou desistir nunca de exercer o meu direito de cidadão.

Atenção imprensa de Cacoal
Assim como os vereadores, eu também gostaria de cobrar uma imprensa mais combativa e menos omissa. Sei que de vez em quando algum veículo de comunicação cobra providências da classe política, mas isso em rápidos lampejos e depois se cala. O que dá a impressão de que algo muito estranho aconteceu. A imprensa não deve aderir ao “denuncismo” incoerente e irresponsável, mas havendo fatos relevantes, ela tem de agir de forma combativa. Por que calar diante de tantas ruas esburacadas na cidade? Por que calar diante da falta de iluminação pública? Por que calar diante da retirada de direitos dos servidores públicos, achatamento de salários, etc? Não gosto de denunciar apenas por denunciar. Não sou oposição ao atual prefeito. Pelo contrário, como socialista, o meu partido (PSB) é um aliado histórico do PT. Eu também sou eleitor do Lula e da senadora Fátima Cleide e admiro o PT (Não os radicais do PT, claro, mas os verdadeiros socialistas). No entanto, não sou cego. Passo todos os dias nas ruas de Cacoal. Vejo o estado deplorável em que estão algumas avenidas. Até mesmo ruas importantes que ligam alguns bairros como a Pedro Rodrigues e a via principal que dá acesso ao bairro Saúde estão em estado lamentável. Todos os dias eu pergunto para mim mesmo: meu Deus, o que será que está havendo? Eu sei que o secretário de obras tem muitos afazeres e talvez esteja se concentrando em recuperar a malha viária para dar melhores condições ao povo da zona rural. Sei que os produtores rurais precisam de atenção. Mas eu penso também que a vida, acima de tudo, deve ser priorizada. Há muito mais risco de morte com acidentes de trânsitos em relação às vias públicas centrais da cidade do que em relação aos buracos e lamaçais nas estradas vicinais. É preciso que o nosso secretário avalie custo/benefício. Sorte das autoridades municipais é que a Justiça só se manifesta quando provocada. Mas qualquer cidadão, provando que paga impostos, tem o direito de entrar na justiça para ressarcir prejuízos causados em seus veículos quando vítimas da omissão do serviço público em relação aos problemas. No caso de Cacoal, se demandada, a prefeitura teria milhões de reais a pagar às vítimas dos maus tratos de nossas vias públicas, pois os buracos nas vias centrais da cidade não devem ser considerados casos fortuitos. As chuvas, na verdade, danificam as ruas, mas a cidade tem autoridade eleita para agir nesses casos. Ou será que devemos levar São Pedro a juízo por ele ter mandado essas chuvas que se tornaram recorrentes nos últimos dois ou três meses? Pensemos nisso!

Papudiskina - 04 de fevereiro de 2010

Deve ser intriga da oposição os falatórios de que o prefeito Padre Franco é um fraco e seria marionete nas mãos dos outros. É o contrário. Ele está demonstrando ser um líder político muito forte. O grande problema é que ele usa a mão de ferro contra os fracos, retirando direitos da classe trabalhadora e impondo ações absurdamente populistas, mas que não acrescentam nada de conquistas reais para a população. Em relação aos servidores do SAAE, o prefeito foi muito cruel desde que assumiu o comando da prefeitura de Cacoal. De início, ele proibiu o bônus que os servidores recebiam em forma de isenção de pagamento da conta de água.

Agora, falando francamente, os senhores acham que a população saiu ganhando realmente só porque o SAAE passou a arrecadar 25 mil reais a mais por ano? Será que isso vai resultar na melhoria da qualidade da água que todos bebemos? Melhorou a distribuição de água? Caiu o preço da conta de água dos moradores de Cacoal por conta desse aumento ínfimo de receita? Ledo engano!

Eu acredito que a atual diretoria do SAAE está realmente empenhada na solução dos problemas e busca um atendimento mais digno a população, mas isso nada tem a ver com essa retirada de direitos.

Agora, para mostrar ainda mais sua força contra os fracos, o prefeito, pelo que fiquei sabendo, acaba de anular a licença-remunerada, que era de 3 meses a cada cinco anos. Mais uma ação com conotação meramente populista e que, de um modo geral, não resulta em ganhos práticos para a população. Até aqui estamos falando apenas do SAAE, que é uma pequena autarquia do município. Mas o prefeito de Cacoal também mexeu profundamente na vida dos demais servidores do município. Uma dessas mexidas acabou o horário corrido na administração pública municipal. Agora, note senhores: em todos os demais municípios de Rondônia o horário corrido é institucionalizado. Só aqui o prefeito resolveu mudar a ordem natural das coisas. Talvez ele queira transformar Cacoal em uma comuna da Itália.

O problema é que estamos no Brasil. Esse gesto do prefeito não contribui em nada para melhorar a qualidade de vida da população. A única coisa que ele realmente está conseguindo é a indignação dos servidores públicos e semear o ressentimento. Algo especialmente grave em se tratando de um sacerdote cuja missão é semear o amor e não o ressentimento no coração do seu povo. Mas, enfim, o nosso consolo como servidores públicos é que o mandato dele é transitório. Dentro de mais alguns anos teremos um novo prefeito ou prefeita eleita e voltará o status quo anterior. Ou seja, voltaremos a ter o horário corrido em nossa cidade.

Ainda há tempo para que o prefeito reverta a situação e não aceite entrar para a história como o homem que, apesar de ser padre, semeou o ressentimento no coração dos servidores públicos municipais. Só ele pode mudar as coisas, já que temos uma Câmara de Vereadores cujos parlamentares eleitos também pelos servidores públicos não faz absolutamente nada contra a imoral retirada de direitos. Simplesmente os nossos vereadores estão com os braços cruzados. Não temos a quem recorrer, já que o prefeito pode aprovar o que bem entender e não será incomodado. Como a Câmara aceita passivamente a imposição do fim do horário corrido? Os vereadores poderiam fazer algo e não fizeram.

Bom, amigos, Papudiskina desta semana vai se ater a esse assunto porque estou indignado com esse prefeito que se diz do Partido dos Trabalhadores mas as suas ações são contrárias aos interesses da classe trabalhadora. A todos, um ótimo fim de semana.


Daniel Oliveira da Paixão

Papudiskina - Edição de 21 de janeiro de 2010

Daniel Oliveira da Paixão

Horário corrido
Volto ao assunto porque servidores públicos pedem minha opinião o tempo todo sobre o que eu acho do fim do horário corrido na Prefeitura de Cacoal. Eu acho uma pena que a cidade esteja regredindo enquanto outras cidades estão evoluindo e oficializando o Horário Corrido como elemento básico. Eu sei que 90% de quem não é servidor público, talvez por um instinto de vingança sem avaliar os fatos com isenção, aprovam a ideia do serviço público funcionar, se possível, 24 horas. Há, em certo sentido, a ideia errônea de que servidor público ganha muito bem e por isso existe até certa inveja de quem trabalha em órgão público. Só que, salvo raríssimas exceções, o serviço público é mera ilusão. A maioria dos servidores públicos só tem a seu favor o que chamam de “estabilidade”. Mas em compensação recebe os piores salários.
O horário corrido provou ser eficiente e gera menos ônus para o erário público. Como o serviço público estadual funciona em horário corrido e os bancos fecham até as 14 horas, o horário duplo serve apenas para gerar mais despesas. Via de regra, quem vai a uma secretaria municipal ou mesmo à prefeitura à tarde vai para bater papo e quase nunca para resolver problemas burocráticos.
Eu penso que em Cacoal o fim do horário corrido atende apenas a um capricho do atual staff político. Mas está na hora dos atuais gestores pararem de agir como meninos emburrados. A gente entende os meninos e os adolescentes, mas não dá para aceitar que homens feitos, já em condições de ter um espírito crítico acurado, vivam pirraçando o tempo todo. O horário corrido vai por fim a gastos desnecessários. Vejam, por exemplo, o caso do SAAE. Como os bancos fecham as 13 horas (em horário de verão), à tarde vai apenas uma meia dúzia de clientes. Só que para atender esses clientes, gasta-se mais com ar-condicionado ligado, lâmpadas acesas e outras despesas que poderiam ser economizadas. Qualquer um cidadão provido apenas da emoção e do revanchismo contra os servidores públicos aprova a ideia de o SAAE ficar aberto, se possível, o dia todo e mais um pouco. Mas um cidadão que pense no bem comum saberia que é muito fácil remanejar essa meia dúzia para ser atendida também pela manhã e com isso por fim a essa prática sem sentido e desconexa da realidade funcional.
Gente, o serviço público deve ser regido em condições especiais e não obedecendo a regra da iniciativa privada. Não há conexão entre uma coisa e outra. A iniciativa pública visa o bem comum e nunca o lucro. Já a iniciativa privada visa o lucro. A única maneira de se organizar e harmonizar os horários de atendimento ao público em todo o país seria o Congresso Nacional criar uma lei, em nível nacional, oficializando o horário corrido, resguardando-se apenas os plantões em serviços essenciais como saúde, educação, etc, para se evitar que prefeitos populistas mudem a regra do jogo quando bem entendem e alteram o status quo sem ao menos ouvir os servidores públicos que também votaram neles.
Mas os deputados e senadores não vão se interessar por isso se a classe trabalhadora no serviço público não se mobilizar. Eu prometo fazer a minha parte, mas andorinhas sozinhas não fazem verão. V ou, contudo, fazer como aquele colibri que mesmo sem muito que fazer, leva um pouco de água em seu bico na tentativa de conter o fogo que se alastra pela floresta.

Papudiskina - Daniel Oliveira da Paixão

Taxa do Lixo
Em 2010 a população de Cacoal recebeu a “grata” informação de que, a partir de agora, todos iremos pagar mais uma taxa para o serviço público e o seu lançamento será mensal, via conta do SAAE. Trata-se de uma taxa para custear os serviços de coleta de lixo em nossa cidade. Muita gente reclama, pois alega que a prefeitura já cobra a taxa de IPTU, que cobre, entre outras coisas, a coleta do lixo urbano não comercial.

Eu, particularmente, sou a favor de se cobrar uma taxa específica para a coleta de lixo desde que o serviço passe a atender realmente aos interesses da comunidade. Para serem eficientes, os serviços públicos de maior complexidade deveriam todos eles ter uma dotação orçamentária e taxas específicas para se evitar desvios de finalidade. Em um sistema moderno, deveria haver uma taxa específica para o fundo de saúde, outro para a coleta de lixo, outro para saneamento, outra para o transporte e trânsito e assim por diante. Havendo esses fundos específicos, teríamos como acompanhar o montante arrecadado e cobrar um serviço eficiente.

A taxa de IPTU, em geral, é bastante simbólica e realmente não cobre um atendimento tão específico como a coleta de lixo, que demanda um investimento elevado de recursos, pois não se trata apenas de ter funcionários e caminhões para o transporte. Um sistema de coleta de lixo eficiente precisa de um programa de gerenciamento de materiais, que vai desde a coleta seletiva até o processo de reciclagem. Outra coisa importante que a Secretaria de Meio Ambiente deve avaliar é a condição de trabalho dos servidores que atuam na coleta de lixo. Pela natureza do trabalho deles faz-se necessário a aplicação de uma carga horária de cinco horas e não de oito horas, já que passam o tempo todo correndo rua afora. Além disso, eles precisam usar luvas e máscaras. Parece-me que eles já estão usando luvas, mas não vi nenhum desses servidores usando máscaras para se proteger de infestações respiratórias.

Lixo eletrônico
À medida que a nossa cidade vai crescendo, surgem também os problemas ligados à tecnologia da informação e demais derivados de produtos eletroeletrônicos e vejo, com tristeza, que nem a prefeitura Municipal e nem os órgãos do Governo Estadual dão a mínima para essa problemática. Com isso os cidadãos acabam lançando o lixo eletrônico misturado ao lixo doméstico e isso vai causar graves danos ao meio ambiente. É muito comum os cidadãos ficarem perdidos sem saber para onde levar as sucatas de baterias, monitores e computadores, televisores, celulares, fornos de micro-ondas, etc.

Como uma fábrica de reciclagem para esses produtos demanda um elevando aporte de recursos financeiros, as prefeituras deveriam fazer um consórcio para coleta e o governo do Estado deveria construir uma ou mais fábricas para reciclar esses equipamentos na capital e interior. Se o governo realmente quer atuar com mais dinamismo na proteção do meio ambiente, pode enviar técnicos para aprender mais sobre reciclagem nas principais cidades japonesas, uma vez que o Japão é um modelo mundial na reciclagem de lixo.

Ombudsman
O correto seria a cidade ter um ombudsman para ver de perto os problemas, reunir-se com os conselhos, os vereadores e o prefeito e cobrar soluções para problemas da cidade. Não basta termos um ouvidor, pois eles não têm liberdade para atuar em favor dos interesses da população. Qual é o ouvidor que tem ousadia para cobrar serviços eficientes se o prefeito pode demiti-lo quando quiser? Com um Ombudsman a coisa é diferente, pois ele não pode ser demitido durante os quatro anos de sua gestão, a menos que cometa crimes contra o erário ou o patrimônio público.

Mas é triste vermos que as autoridades falam muito em democracia, mas fazem de tudo para esconder da população informações importantes e também evitam, a todo custo, manter interatividade com os cidadãos. Eu soube esses dias, inclusive, que um cidadão de nossa cidade entrou em um link do site da prefeitura e mandou e-mail para o prefeito. Como não recebeu respostas, fez isso mais 27 vezes. No total ele enviou 28 e-mails e não recebeu nenhuma resposta. Não culpo o prefeito, pois tenho certeza de que ele tem boa vontade e atenderia a população, mas o problema é a ineficiência do seu staff político que não leva até ele condições de interagir com a população. Como estamos em um período de grande evolução tecnológica, é inadmissível que prefeitos, vereadores e deputados não tirem pelo menos um dia por semana para ler sugestões, críticas e reclamações da população via e-mail ou tíquetes eletrônicos, mais conhecidos como “Help Desk”. Se o problema na prefeitura de Cacoal é a falta de alguém que realmente goste de tecnologia, eu sugiro que contatem com este escriba, que é um grande apaixonado por tecnologia da informação. Posso dar minha humilde colaboração e eu garanto a vocês que nunca mais a população ficará no escuro no que diz respeito à interação virtual com a prefeitura e seus órgãos. Já tenho até uma sugestão relevante para esse tipo de serviço: “Prefeitura Virtual”. Na prefeitura virtual, o cidadão poderia até resolver problemas básicos como imprimir taxas de serviços e impostos, ter acesso a clipping, agendar audiências, etc, sem ter de se deslocar fisicamente até o prédio da prefeitura.

Papudiskina - 07 de dezembro de 2010

Horário Corrido
O governo do Estado fez as contas e decidiu oficializar no Estado de Rondônia a carga horária única, conhecida como "Horário Corrido". Com essa decisão, o Estado passa a economizar no mínimo 40% em suas despesas. A explicação é simples: em vez de 08 ou 10 horas por dia com lâmpadas e aparelhos de ar-condicionados ligados, reduz-se esse tempo para 06 horas, bem como outros gastos decorrentes da atividade laboral.

Os mais conservadores perguntariam: e a população não ficaria prejudicada? a resposta também é bem simples: não! Por que? Fácil. Se em determinada repartição pública o cidadão tem até as 13h30 para ir até lá, ele se programa dentro dessa faixa de horário. Se ele tem até as 17 ou 18 horas, também vai se programar nesse horário. Em outras palavras: o cidadão pode ser muito bem atendido em qualquer faixa de horário, seja carga dupla ou única. Basta que o servidor seja competente e leve a sério sua missão de servir ao público.

O horário corrido mostra-se muito mais eficiente do que a carga horária dupla e deveria ser aplicado inclusive na iniciativa privada. Se a prática também fosse aplicada em todos os setores da atividade laboral, os trabalhadores gastariam menos com combustível (quando usam veículo próprio) ou gastariam menos com passes para ônibus coletivos, nas cidades onde existe esse tipo de atendimento, além de economizar em outras despesas e inclusive reduzir os riscos com mortes em acidentes, visto que na maioria das cidades brasileiras o trânsito é caótico, mesmo em pequenas cidades.

Horário corrido no Município de Cacoal
Em Cacoal, ao contrário, o prefeito decretou o fim do horário corrido (ainda que na condição de experimental) no ano passado e os resultados, segundo minha avaliação pessoal, não foram nada bons. Como cheguei a esse raciocínio? Observando o movimento em repartições e autarquias do município. A tarde quase não vai ninguém em busca de atendimento na prefeitura ou nas autarquias e os poucos cidadãos que saaem de suas casas para ir a prefeitura (principalmente gabinete e secretarias) vão com o objetivo apenas de conversar, bater papo.

Vi, por exemplo, que o movimento em locais como o SAAE caem 90% à tarde. Aí vem aquela pergunta: não seria mais prático esses 10% que vão à tarde fazer uma força e ir apenas no horário das 07h30 às 13h30? Eles próprios estariam economizando, uma vez que dentro dessa margem também resolveriam suas necessidades de atendimento bancário.

Então, as justificativas para o horário corrido são muito convincente, pois sua aplicação torna o serviço público mais eficiente, além de fornecer aos servidores públicos mais tempo para cursar uma faculdade, fazer um curso técnico e mesmo dar-lhe um tempo a mais de descanso para trabalhar com muito mais vigor no dia seguinte. Eu, particularmente, sempre fui a favor do horário corrido por entender que no serviço público o que se deve contar é a eficiência, a qualidade no atendimento e não a quantidade de tempo em que o servidor esteja ali disponível para atender os cidadãos. Ninguém fica prejudicado com o horário corrido, pois nos locais onde há necessidade de se ter servidores 24 horas atendendo o público já existem as escalas de plantão, como em hospitais, postos de saúde, serviços de emergência em geral.

Rotatária nas marginais da BR
Muito interessante as rotatórias que a SEMTTRAN vem colocando em alguns locais da cidade e faz necessário agora que se coloque também em alguns pontos críticos nas marginais da BR. Em alguns trechos, como aquele próximo ao local conhecido como Bar Esporte, nos horários de almoço e fim da tarde percebe-se um tumulto na hora de se cruzar a BR-364. Seria muito interessante um semáfaro no local ou um outro sistema de sinalização que fosse capaz de organizar melhor o fluxo de veículos.

Papudiskina - Caso Dr. Valter e outros assuntos cotidianos

Por Daniel Oliveira da Paixão

Prisão de acusados de assassinato do Dr Valter
Agora que a Polícia prendeu dois acusados da morte do Dr Valter, surgem acusações, ainda sem provas, de que o mandante seria alguém da própria família da vítima. É uma temeridade o que alguns jornais estão fazendo, divulgando amplamente o fato, sem o devido cuidado que se deve ter nesses casos. Muitas vezes a pressa em alardear tais informações contribuem ou para a condenção de inocentes ou para a absolvição de culpados. Nem mesmo quem está preso pode ser apontado como criminoso. Há dois tipos de prisões comuns nesses casos: a temporária, que detém o acusado provisoriamente para ouvi-lo mais detalhadamente sobre os fatos, e a preventiva, que é decretada com a finalidade de impedir que o acusado eventualmente venha a fugir ou coagir testemunhas.
Então, minha gente, o que há de concreto é que as investigações agora estão bem avançadas, mas ninguém foi condenado por enquanto. Então, vamos respeitar a presunção de inocência e o amplo direito de defesa e do contraditório. Nem mesmo eventuais confissões à autoridade policial nem aquelas sob os holofotes das emissoras de TVs têm validade juridica. O que vale são as provas que se apresentarem ao longo de uma árdua e dolorosa investigação. Sob pressão psicológica ou sob o porrete da polícia, muitos inocentes acabam se declarando culpados antecipadamente, embora eu não creio que esteja havendo esse ignóbil tipo de comportamento em Cacoal. Eu sempre disse que apesar de todos os problemas e dificuldades do sistema judiciário brasileiro, a Justiça e a Polícia de Rondônia seguramente são as melhores de todo o Brasil. Eu mesmo já vi depoimentos de pessoas do próprio Conselho Nacional de Justiça elogiando a Justiça e a Polícia de Rondônia. Eu confio plenamente no competente trabalho dos delegados de polícia de Cacoal e em nossos igualmente competentes juízes de direito.

Ao prefeito Franco
Daqui a oito dias o prefeito Francesco Vialetto (carinhosamente conhecido como padre Franco, pois também é um dos mais conceituados sacerdotes que esta cidade já conheceu), estará completando um ano de atuação à frente do Palácio do Café. Eu gostaria de cumprimentá-lo publicamente pelas medidas corajosas que vem tomando nos últimos dias, numa inequívoca demonstração de que começa a entender melhor como funciona a administração pública e temos certeza de que no ano de 2010 a prefeitura vai atuar com muito mais firmeza do que neste ano.
2009, decididamente, não foi bom para Cacoal. Tivemos muitos problemas e claro que não podemos colocar tudo isso na conta de quem acabou de assumir o comando de uma administração, especialmente alguém que não tinha nenhuma experiência no que concerne ao poder público, seja ela no Legislativo ou no Executivo.
Mas o que importa é que o padre Franco sempre demonstrou confiança de que dominaria a situação e eu espero que ele, juntamente com aquelas pessoas sérias que o rodeiam, possam tomar as rédeas da situação. Digo isto porque algumas pessoas que ocupam cargo de primeiro escalão na prefeitura (não vou citar nomes), realmente parecem estar no lugar errado, na hora errada. Mas também temos bons nomes ocupando cargos nessa administração e não podemos generalizar e por todos na mesma balança.
Sou uma pessoa crítica, combativa e apaixonado por política, mas também procuro ser justo. Temos de dar a "César o que é de César" e a "Deus o que é de Deus". Eu sempre critiquei a inércia da atual administração ao longo deste ano. A prefeitura caminhava a passos de tartaruga. A coisa ainda não está nada boa. Mas eu tenho visto que o prefeito começou a enxergar a situação e a cobrar mais postura de seu staff político. E isso eu tenho de elogiar porque vejo luz no fim do túnel. Diante de tal situação só há duas vertentes comportamentais que eu posso ter: 1) assumir uma posição negativa e acreditar que 2010 será continuidade de tudo o que de pior aconteceu em 2009; 2) ou assumir uma opção otimista e acreditar que teremos muito mais ações positivas do que negativas em 2010. Do fundo do coração, estou sentindo que 2010 vai ser um ano muito positivo e o padre Franco vai recuperar o prestígio que sempre teve. Claro que uma coisa é ser um abnegado e ferveroso sacerdote. Outra coisa é ser prefeito de uma cidade. Mas com a ajuda de Deus, dos seus secretários e com o suporte ético e moral que ele sempre professou, dá para ele ser um grande prefeito também. Assim esperamos e assim acreditamos. Que Deus ilumine o nosso prefeito e ele, de fato, possa governar para o povo sofrido de Cacoal e não para uma pequena elite política que sempre se enriqueceu a custa de privilégicos decorrentes de sua relação com o poder público.

SAAE tem novo diretor administrativo (o terceiro da era Franco)
José Luiz de Souza Leite, servidor de carreira do Serviço de Água e Esgotos de Cacoal (SAAE), foi nomeado como diretor administrativo daquela autarquia pelo prefeito Francesco Vialetto e apresentado oficialmente no início do mês. Com isso, ele se torna o terceiro diretor administrativo a ser nomeado só este ano. Os dois nomeados anteriormente acabaram optando por deixar o cargo. O primeiro deles foi Jonadabe da Silva Lima, que ficou no comando administrativo por apenas 90 dias e foi embora sem ao menos se despedir dos servidores. O segundo deles, terceiro da lista entre os mais votados, foi José Milton Amorim, que se afastou no início desse mês. O novo diretor também havia sido votado pelos servidores do SAAE e havia ficado em segundo lugar da lista, mas em vez dele, o prefeito preferiu nomear o terceiro entre os mais votados. Mas agora, finalmente, decidiu nomeá-lo quando o seu antecessor preferiu pedir exoneração do cargo.

Democracia na administração pública
Muitos políticos dizem que são democráticos, mas, na verdade, seus discursos nem sempre são condizentes com a prática, pois o que eles querem sempre é manter uma imagem positiva diante do público. Eu mesmo, por acreditar que com certos políticos a coisa seria diferente, já fui perseguido. Claro que não estou falando dessa administração, da qual não participo, mas daquelas em que participei. Não são os que estão de fora que sofrem perseguições, mas os que estão do lado de dentro. Falo isso com conhecimento de causa, pois já atuei como assessor de imprensa nas prefeituras de Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno e Espigão do Oeste e também como assessor de imprensa das Câmaras municipais de Pimenta Bueno e de Cacoal. Para nós, jornalistas, o importante é atuar de forma coerente. Claro que uma coisa é você estar do lado de fora e outra coisa diferente é fazer parte de uma administração. Sendo parte, o jornalista tem que realmente passar a visão de governo, ser coerente com a sua condição. Mas isso não quer dizer que deva perder sua independência crítica e analítica, embora tenha de agir como alguém que se concentra nas ações de governo. Isto significa "passar a visão de governo" sem necessariamente ser avalista dela. Mas, claro, não é decente um assessor de imprensa falar mal do governo para o qual trabalha. O mínimo que se requer, nesses casos, é respeito à instituição que representa.

Propaganda estranha na TV
Terça-feira estive conversando com o meu amigo Sérgio Augusto Ferreira, empresário do ramo de tintas em Cacoal, e ele comentava sobre a propaganda na TV onde se pede para que o empresariado dê uma nova chance aos egressos do sistema penitenciário para que evitemos, assim, a incidência de ações criminosas por parte dessa gente. Ele questionava: porque o Governo quer que o empresariado dê oportunidades a ex-presidiários se nos concursos públicos qualquer um que queira concorrer precise, em muitos casos, até levar uma certidão negativa da justiça?
Ele tem razão. Penso que o governo tem meios para dar suporte a ex-presidiários porque conta com um aparato policial para eventuais emergências. Claro que muitos ex-presidiários realmente vão se recuperar. Mas não todos. E, no caso desses para os quais não há trabalho que os possa redimir, há necessidade de um acompanhamento mais de perto do aparato do Estado para evitar maiores danos à sociedade.
Acho louvável que se dê oportunidades para egressos do sistema prisional, mas as devidas cautelas são necessárias.

Papudiskina - 17/12/2009 - Daniel Oliveira da Paixão

Um ano de padre Franco à frente da prefeitura
Falta pouco mais de uma semana para que o padre Franco complete um ano a frente da administração pública de Cacoal. Eu gostaria de comentar algumas coisas a respeito desse primeiro ano de mandato e ressaltar que nesses 44 anos de vida e experiência acumulada tenho percebido que muitas mudanças são apenas cosméticas. Muda-se os secretários, às vezes o jeito de se lidar com o funcionalismo, mas nem tudo numa administração pública se resume a mudanças comportamentais.
Pessoas com um mínimo de coerência e conhecimento de administração pública saberiam que não seria possível fazer milagres só porque mudamos o prefeito e os secretários. Pelo menos, na visão do Zé Maria, um dos cronistas políticos mais críticos de nossa cidade, 2009 foi a continuidade da administração anterior.

Veja o que ele disse em seu mural na internet:
Zé Maria - Eu calar a boca?
Nem depois de morto, rs.
Falei mal da gestão Suely e continuo falando da do Padre, até o momento um terceiro mandato.

Conversei com ele, contei algumas coisas que ele não sabia, ele tomou providências na hora e parece que quer virar a mesa a partir de 2010, ser o prefeito que o povo votou. Isso é bom para a cidade e péssimo apenas para os políticos adversários. Se é bom para a cidade, sou a favor.

Ele estava, nessa nota, respondendo a um interlocutor que não se identificou e que o criticava por ele sempre ter "descido a lenha na administração pública anterior e agora estar com sua esposa portariada e ele próprio cotado para assumir a Assessoria de Imprensa". O Zé Maria, que não tem medo de cara feia, respondeu com esses termos e assegurou que o padre lhe prometeu que em 2010 iria virar a mesa e assumir o comando da administração pública.

Prefeito virar a mesa?
Bom, pelo que o Zé está dizendo, o prefeito teve sérios problemas para administrar este ano. Ou seja, não pôde administrar do seu jeito porque havia gente demais se achando no direito de manobrá-lo. Então, sob esse argumento do Zé Maria, podemos interpretar que o padre Franco teve de contentar aqueles que se julgavam no direito de mandar simplesmente porque o catapultaram ao poder ao garantir-lhe espaço em sua sigla política. Ele entende, então, que a ingerência desse grupo já extrapolou os limites e um ano basta. Sendo assim, cabe aqui o nosso sincero desejo de que em 2010 o prefeito realmente assuma o comando da prefeitura porque foi nele que o povo votou. Não pense que ele foi eleito por ser do PT, como acontece com várias pessoas que se elegem apenas pela força desse partido Brasil a fora. Mas no caso de Cacoal, o povo votaria no padre Franco e o elegeria fosse qual fosse o partido. Ou alguém por aí acredita que o PT elegeria fosse quem fosse o candidato aqui em nossa cidade?

Papudiskina - 10/12/2009

Cuidado com o médico que seu patrão escolher
Um projeto de lei do deputado federal Mauro Nazif prevê que os exames de próstata serão pagos pelo empregador. Tem muitos padrões por aí dizendo que se eles puderem escolher o médico, pagam com todo o prazer para que seus funcionários recebam a devida atenção. Que coisa, em Nazif? Defendendo os interesses dos médicos, não é?
Para quem já passou dos 40 é bom se preocupar com a saúde. Pesquisas confiáveis revelam que o câncer de próstata tem cura se o problema for detectado no estágio inicial. Por isso é muito bom que, deixando o preconceito de lado, os homens que estiverem na “segunda-idade” devem procurar o médico o quando antes. Só um lembrete: cuidado com os que têm dedos muitos longos.....

Vai um galho de arruda?
Lastimáveis as cenas de corrupção em Brasília, envolvendo o governador Arruda e seus “comparsas”. Foram cenas fortes, mas quem mais está sofrendo são os deputados e senadores, obrigados agora a conviver com esse desconforto, pois não é fácil administrar a situação. Ao mesmo tempo em que têm de demonstrar o repúdio ao que os seus “colegas” fizeram em nível local eles convivem com as comparações inevitáveis. Afinal de conta, “Caixa 2”, “dinheiro na cueca”, e “Mensalão” já foram temas recorrentes também no Congresso Nacional.

Em relação ao caso Arruda, o presidente Lula, inclusive, foi muito infeliz ao dizer que as imagens não falam por si. Depois, percebendo a besteira que cometeu e o alcance negativo de suas palavras, voltou atrás no dia seguinte. O presidente precisa ser mais bem assessorado, se é que se permite ser aconselhado, para deixar de ser tão diplomático com os políticos e dizer frases que envergonham a nação. Lula é um dos presidentes mais populares deste país, mas poderia estar muito melhor posicionado no conceito popular se deixasse de falar apenas para agradar os políticos de quem precisa de apoio para a “tal governabilidade”.

Essa situação corriqueira do presidente ficar nas mãos dos partidos políticos que têm maioria nos leva, muitas vezes, a questionarmos se a república realmente é a melhor forma de governo. Na monarquia pelo menos tínhamos alguém que detinha o poder e o comando da nação enquanto estivesse vivo, com exceção feita apenas se, por motivo de saúde, perdesse suas faculdades mentais, ou seja, se fosse considerado incapaz. Penso que a Legislação deveria coibir certos abusos do Legislativo, deixando que o presidente devesse apenas respeitar as leis e a constituição. Só que, em nosso país, qualquer administrador pode até mandar as leis às favas se tiverem um bom relacionamento com a classe política.

Essas amarras a que estão sujeitos os administradores públicos é que leva a população a acreditar sempre de que, quem é honesto, não pode e nem deve ser político. É por isso que gente como Paulo “Malandruf” e “Roubadin” Roriz que sempre se dão bem na política, pois os seus eleitores, ao serem consultados porque votam nesse tipo de gente, dizem: eles roubam, mas fazem. Aqui em Rondônia todos comentam o jeito pouco ortodoxo de governar do ex-prefeito Melki Donadon, mas é muito difícil que ele perca uma eleição em Vilhena. Seus irmãos, Natan Donadon e Marco Donadon também não têm boas referências no que diz respeito à moralidade pública, mas sempre conseguem importante votação no cenário político.

Um ano de padre Franco
Falta pouco mais de duas semanas para que a nova administração complete um ano de atuação à frente do Poder Executivo em Cacoal. Durante a campanha eleitoral, criou-se uma expectativa muito grande em relação à administração da prefeitura através de um padre. Não foi o PT que elegeu Francesco Vialetto e nem a sua militância política. Ele foi eleito em razão de seu grande prestígio como sacerdote. O problema é que administrar uma cidade é completamente diferente da administração de uma igreja. No serviço religioso, o sacerdote deve se ater à doutrina da fé que professa e, na política, ele precisa ser duro demais com os adversários e benévolo demais com os aliados. O pior de tudo é que, quem está no poder executivo, precisa sempre ter mais “amigos” do que “inimigos”. Então, para resolver essa equação, precisa sempre conquistar e manter aliados à base de favores políticos. Já sabíamos, todos nós, que o padre, sendo uma pessoa íntegra, jamais aceitaria esse tipo de “acordos”.

Então, diante de tal situação, ele corre sérios riscos de decepcionar o seu eleitorado se não conseguir equilibrar-se nesse tabuleiro de xadrez que é a política. Ou ele se rende “ao costume vigente” e contraria os princípios nos quais sempre acreditou e professou, ou ele abre mão do comando e deixa nas mãos de secretários e demais membros do staff político para que sejam os administradores de fato.

Nós, que amamos Cacoal, torcemos para que o padre Franco consiga administrar bem a nossa cidade, sem abrir mão dos seus princípios, mas também mantendo um papel conciliador para driblar os mais recalcitrantes da política. Torcemos, acima de tudo, que ele tenha comando de suas ações. Digo isto por que, em muitas cidades, os financiadores de campanha são os que realmente mandam na administração pública. Aos que apoiaram financeiramente o padre nas eleições passadas, nosso pedido e apelo é: “não pensem apenas em retorno financeiro de suas ações, mas as considerem como uma contribuição ao bem estar de nossa cidade”.

Papudiskina de 26 de novembro - Daniel Oliveira da Paixão

Coisas boas sobre a Administração do Padre Franco
Algumas notas que tenho publicado neste Papudiskina foram interpretadas por alguns setores da atual administração pública como contundentes demais e até me taxaram de "opositor" ao atual governo. Um dos membros do staff político vigente chegou a dizer que eu escolhi apenas falar das coisas que não estão dando certo e estou me omitindo em relação às coisas boas. Não é totalmente mentira quando dizem que não tenho divulgado muita coisa boa. Mas temos de achar algum culpado por isso. Ou os atuais secretários realmente não estão fazendo nada que mereça destaque ou o setor de imprensa da prefeitura está falhando, pois eu não tenho visto informações seguras que me deem algum parâmetro para eu dizer que houve melhora na atual administração em relação ao trabalho feito pela ex-prefeita Sueli Aragão. Pelo menos, em minha avaliação, no primeiro mandato ela botou para quebrar e fez muitas obras que deram um diferencial à cidade.

Mas é bom que se diga que os profissionais de imprensa que atuam na prefeitura são bastante competentes e eu não acredito que a culpa seja deles. Não há como tirar leite de pedra. Sei que o prefeito Franco Vialetto é uma pessoa de bem e tem se esforçado o máximo. Só que a engrenagem não está funcionando como ele gostaria que funcionasse. Apesar dessa força de vontade, o padre Franco cometeu alguns erros graves, como essa história de impor o fim do horário corrido, esquecendo-se de que o que vale é a produtividade e não o número de horas em que a pessoa deva passar atrás de uma escrivaninha. Não sei de onde o prefeito tirou essa ideia de que prefeitura do interior tem que abrir as portas às sete da manhã e fechar às cinco da tarde.
Não acredito que o prefeito vá manter até o final de seu mandato essa carga horária dupla. Afinal de contas, como pessoa culta que é, ele sabe que está provado que servidores mais bem preparados representam um ganho e não uma perda para o serviço público. Agora eu pergunto: é possível alguém fazer um curso técnico, faculdade, pós-graduação ou até mesmo um doutorado se a administração pública é insensível e os mantém no serviço até às 17 horas? Uma pergunta: pra que o cidadão ficar até cinco da tarde em seu local de trabalho na prefeitura se os bancos fecham à uma da tarde (horário de verão) ou duas da tarde?

Uma servidora pública que atua na prefeitura me confidenciou que no setor dela todos estão amargurados com essa decisão do prefeito, pois ele não exige o mesmo de seus secretários e demais portariados. "Enquanto a gente fica aqui esperando o tempo passar, mesmo sem que a população procure a prefeitura à tarde, é raro vermos alguém do alto e médio escalão em seus postos de trabalho em horário integral", disse.
Enquanto isto, mesmo sem clientela, a prefeitura fica aberta a tarde gastando energia para alimentar as lâmpadas e ar condicionado. Alguns cidadãos até vão à tarde à prefeitura, mas não para resolver questões burocráticas e sim para bater papo. Afinal de contas, não adiante ele ir requisitar algum documento ou taxa para pagar, já que os bancos estarão com suas portas fechadas.

Só que, conforme consegui apurar, os servidores podem desarmar seus espíritos, tirar a angústia do coração, pois o prefeito e seus secretários apenas estão fazendo um teste e saberão reconhecer que o fim do horário corrido não resolveu em nada a questão da produtividade, não gerou economia e não resultou em maior dignidade para os trabalhadores. Eu sinto que a boa vontade vai imperar. Afinal de contas, boa parte dos servidores já trabalha em período de plantões.

O Site do Zé Maria
Temos em Cacoal um site que ficou famoso porque, em princípio, permitia a todos os cidadãos o direito de se expressar livremente sem qualquer tipo de censura. O site, que tem o nome de www.cacoalro.com.br, é mais conhecido na cidade como site do Zé Maria pelos populares. Eu acho louvável que se dê espaço à população para tecer comentários livremente, mas embora eu seja terminantemente contra a censura, a experiência de vida nos ensina que em alguns poucos casos específicos algumas pessoas confundem liberdade de expressão com permissividade para ofensas pessoais. Isso nos remete a seguinte reflexão: “A democracia ainda é a melhor forma de Governo, mas é um sistema extremamente complexo, mais fácil de ser entendido na teoria do que na prática. Como disse, eu sou a favor de que os sites realmente publiquem opiniões, comentários, sobre o assunto que quiser, até mesmo opiniões aparentemente ofensivas, mas que sejam leves. Eu mesmo já fui vítima de alguns comentários maldosos nesse site e um deles me deu a oportunidade chamar o tal cidadão, apenas sob o pseudônimo de O Observador, a uma avaliação melhor de sua “observação a respeito do jornalista Daniel Paixão”, a quem ele chama de semianalfabeto e diz que o tal precisa aprender a escrever. Ele disse isso depois de ler minha crônica intitulada PAPUDISKINA. Como pessoa pública, é claro que eu quero ser avaliado pelos meus leitores. Aceito que digam que eu cometo muitos erros e que discordem de minhas opiniões. Mas também tenho um acurado senso crítico e acho que milhares de meus leitores concordam que não sou tão analfabeto assim, apesar de viver em um país onde 63% dos brasileiros são “analfabetos funcionais”, ou seja, sabem ler e escrever, mas não conseguem um discernimento razoável daquilo que leem.

Se conhecimento fosse comida, tais pessoas conseguiriam engoli-la, mas absorveriam pouco os seus nutrientes. Modéstia parte, sem ofender a tal usuário, eu diria que ao dizer que sou um dos piores articulistas desta cidade ele está se mostrando um verdadeiro analfabeto funcional. Não consegue entender que um texto completo não pode ser julgado apenas porque eventualmente o autor cometeu um erro de grafia ou mesmo de concordância em alguma parte da frase ou oração. Devemos julgar o que lemos pelo contexto geral já que até mesmo os melhores professores de língua portuguesa, uma hora ou outra são traídos pelo seu subconsciente no momento de criar uma frase. Querem ver um exemplo? Muitas vezes estamos tão absorvidos por uma ideia que nos esquecemos de que a maioria da população está no singular e concluímos a frase como se maioria estivesse no plural quando nos referirmos a um conjunto grande, como POPULAÇÃO.

Mas, enfim, não estou me lastimando porque apesar de o tal cidadão tentar me ofender, fiz uma pesquisa no dia 21 de novembro de 2009, em www.google.com.br e lá, ao digitar o nome de minha crônica, “papudiskina”, observei que apareceram 7.400 resultados. Já o nome “Daniel Oliveira da Paixão” aparece em 86.400 registros no Google. Nada mal para quem é um dos piores cronistas na opinião do tal cidadão. De qualquer forma, como diria o Perin, fale mal ou fale bem, mas FALE DE MIM...Obrigado a todos!

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Clarim da Amazônia