Dia do Trabalho: Trabalhadores precisam de Educação Financeira

No Dia do Trabalho diversos temas relacionados aos trabalhadores são debatidos, dentre eles está o absenteísmo, que é um termo usado para designar as ausências dos trabalhadores no processo de trabalho. O problema normalmente é enfrentado pelas empresas com punições e descontos nos salários, fato que complica ainda mais a situação desse trabalhador, gerando insatisfação e queda no rendimento.

Assim, sempre alerto os empresários com quem converso que uma das saídas para absenteísmo, queda de produção ou mesmo para autos índices de acidentes de trabalho é desenvolver a educação financeira. Recentemente, ao tomar conhecimento de um estudo do professor E. Thomas Garman, da Virginia Tech University, nos Estados Unidos, confirmou o que eu já afirmava, mostrando a importância do equilíbrio financeiro dos funcionários na produtividade das empresas. Suas pesquisas mostram que empregados com problemas financeiros são os que apresentam maiores índices de faltas e atrasos.

A solução apresentada por Garman é adoção de "Programa de Educação Financeira" pelas empresas. Para o nosso país essa alternativa pode ser tomada facilmente pelas empresas através das SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho).
Esse evento é obrigatório para as empresas pelo menos uma vez por ano e tem o objetivo o desenvolvimento e a conscientização da importância de se eliminar os acidentes do trabalho, criando uma visão vigilante nos colaboradores, para que os mesmos possam atuar de forma interativa, reconhecendo e corrigindo condições e práticas inseguras.

Assim, eu questiono, como pode as empresas pensar em segurança de seus colaboradores se eles não terão cabeça para utilizarem meios preventivos em função das questões financeiras. É importante que se estabeleça um trabalho gradativo de educação financeira. Na qual o colaborador adéque seu nível de vida aos seus rendimentos, incluindo neles os sonhos.

Mais do que capacitar o trabalhador em suas tarefas operacionais, é preciso direcioná-lo em sua vida, não deixando que esqueça de levar também estes ensinamentos para sua casa, seus filhos e família. O caminho para a segurança financeira é simples, mas, infelizmente nossa população não tem acesso a isso em nenhumas das fazes da educação formal. Um grande erro que já ocorre há varias gerações.

Além de reduzir problemas com o trabalhador, a educação financeira fará com que ele perceba que os rendimentos mensais que recebe são suficientes, diminuindo as reclamações. Para que isso ocorra, é necessário disciplina e organização, sabendo como está realmente a situação financeira e quais os objetivos que pretende com o dinheiro e dentro de que prazo.

Outro ponto fundamental, o colaborador tem que ter em mente que economizar e ajustar suas finanças não ocorre apenas nos grandes gastos e sim nos pequenos, pois, são nesses que as finanças pessoais saem do controle, colocando em risco o salário e a segurança financeira.

Enfim, apenas com a simples ação de incluir nos benefícios dos trabalhadores a educação financeira, uma empresa consegue reverter boa parte de seus problemas. Melhorando os resultados da empresa e proporcionando um ambiente de trabalho muito mais feliz.

Reinaldo Domingos – Educador e Terapeuta financeiro. Também é autor do livro “Terapia Financeira” - (Editora Gente), e criador da Metodologia DiSOP – Educação Financeira - Presidente do DiSOP Instituto de Educação Financeira – (www.disop.com.br).

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