Jornalista e servidor público faz um veemente apelo para que colegas não o deixem só no combate

*Daniel Oliveira da Paixão
O mais lamentável é que enquanto um servidor público dá sua cara à tapa, mostra suas ideias, corre os riscos inerentes a uma batalha tão difícil, centenas de outros servidores, ficam apenas torcendo. Também querem a volta do horário corrido, mas não movem uma palha. Gente, vamos ser mais solidários e se unir em prol de uma causa que é de todos, não apenas de um. Eu, na condição de servidor público, tenho feito a minha parte. Mas vocês sabem muito bem que se fosse para eu pensar em meus interesses próprios, seria muito cômodo eu estar quietinho no meu lugar. Do ponto de vista econômico, eu só tenho a perder ao defender tão ardorosamente os princípios nos quais acredito. Justamente por existir na cidade um grupo de pessoas raivosas, que querem a todo custo retirar direito dos trabalhadores da iniciativa pública. Esse grupo tem suas divergências políticas com outros que já administraram a cidade e agora querem se vingar em cima de quem não tem nada a ver com intrigas políticas.

Eu tenho pouca estrutura para levar toda essa guerra de forma isolada. Alguém perguntou nesse mural sobre a quem caberia os louros dessa vitória, se ela vier. Puxa, será que tudo o que se faz nesse mundo é pensando em política? Eu nunca fui candidato a nada e nem sei se serei algum dia (pode ser que sim, pode ser que não). Mas quem me conhece desde 1987, quando vim para Cacoal, sabe que sempre fui um jornalista combativo, destemido e contundente no bom combate. Não sou de brigar para ofender ninguém. Mas brigo no bom sentido, colocando-me contra os atos ou ações que considero injustos.

Bom, para finalizar esse desabafo, vai aí o meu apelo: colegas, vamos nos mobilizar. Um fio de cabelo, sozinho, mal consegue arrastar uma caixa de fósforos vazia. Mas se juntarmos milhares de fios de cabelo, conseguiremos puxar até um caminhão truncado.
Felizmente hoje contamos com importantes ferramentas para o debate de ideias e o mural de Rondônia é uma delas. O Zé Maria foi muito feliz ao implementar, juntamente o seu filho, esse mural que serve para as pessoas postarem suas ideias, sejam elas consistentes ou não. Além disso, como amante da tecnologia da informação, faço largo uso de ferramentas sociais para divulgar os princípios nos quais acredito. Quem quiser acompanhar meu trabalho, esteja desde já convidado seguir-me principalmente no Twitter, ferramenta que uso com certa frequência, apesar de também fazer uso de outros blogs e micro-blogs para disseminar essas ideias.

Apesar de tudo, o que magoa é saber que, algumas pessoas, não sabem debater ideias e princípios de forma saudável e fazem suas críticas apenas para ofender, seja como for. Se alguém, por falta de tempo em corrigir o que escreve ou mesmo por ser uma pessoa simples, erra uma palavra ou frase, CRITICAM. Se, ao contrário, entendem que a pessoa fundamentou bem suas ideias, ainda assim criticam. Ontem mesmo alguém postou aqui a acusação de que eu sou o cara que acha que está com a razão em tudo. O que faltou entender é que, quando alguém expõe suas opiniões, ele realmente acredita nelas. Eu não defendo nunca princípios nos quais não acredito. Mas isto não quer dizer que eu não respeite as opiniões divergentes. Claro que respeito. Mas é claro que os pilares da sociedade moderna se sustentam da sobreposição de argumentos. As conquistas sociais, das maiores ou menores, só foram possíveis em razão de árduos debates. É assim na política, na religião, na tecnologia. Toda a complexidade monstruosa da sociedade moderna está alicerçada primeiro em ideias, muitas das quais submetidas a ferozes oposições de quem, em princípio, não as compreendeu.

Dito isto, fica aqui o meu brado a respeito do horário corrido. Servidores públicos, vamos cobrar das autoridades mais respeito aos nossos direitos. Não podem, com uma canetada, mudar as regras do jogo que já estavam em andamento sem antes contar com a nossa anuência. Afinal de contas, foram muito solícitos e compreensivos durante a campanha, quando pediram o nosso voto. Por que agora, depois de eleitos, passam a nos ignorar com tanta tenacidade?
DANIEL OLIVEIRA DA PAIXÃO é jornalista em Rondônia

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Clarim da Amazônia